Jaguapitãense escreve artigo em homenagem ao aniversário da cidade

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 07/11/2022
Jaguapitãense escreve artigo em homenagem ao aniversário da cidade

Luís Augusto, ex-vereador e ex- secretário de administração de Jaguapitã, no norte do Paraná, escreveu um artigo em homenagem ao aniversário da cidade, que completou 75 anos. No final de semana uma festa foi realizada no município, com shows e muitas atrações para a comunidade. Confira o artigo: 

"Sentado nos muros do Colégio Nilson Ribas, eu passo a escutar gargalhadas. Estudantes se dirigem até o Bar São Paulo, no intervalo de aulas, e somam moedas para comprar uma garrafa de Coca Cola. Ao sair do Bar, os mesmos pedem para o João os copos descartáveis. Voltam apressados para o Colégio, afinal o novo “sinal" já tocou. As camisetas dos uniformes escolares, embrulham vidas cheias de futuro e muita esperança. Ao lado sentam no muro também, alguns adolescentes ou talvez jovens que fazem planos para o final de semana. Uns falam de ir para Astorga, outros dizem que haverá festa em Miraselva, também escuto falar sobre Lupionopolis estão decidindo para onde ir. É incrível a juventude, com as suas variadas opções, algumas boas outras duvidosas. 

Começo a ver pessoas chegando, na realidade chega uma multidão. É a final do programa Ídolos, e a cantora Thaeme está na final. Muitos competidores ficaram no meio do caminho. Ou faltava técnica vocal ou faltava apelo popular, por ligações e mensagens de texto. Thaeme possui técnica vocal e todos que a conheciam, apoiavam o seu sonho. Chegando ao final do programa, Thaeme sai consagrada como vencedora. A cidade explode em comemoração. Parecia uma final de copa do mundo. A conquista da Thaeme, foi também a conquista de cada jaguapitaense que tanto torceu por ela. 

Já está ficando bem tarde. Quase todos já foram embora e eu também preciso ir. O muro que escutou tanta “conversa fiada” vai ficando sozinho. Entendo que também devo ir. Desço e caminho uns passos e já estou em frente ao HSBC em seus degraus encontro amigos. Paro por ali, ouço histórias, conto as minhas dou risadas e faço outros rirem. Quem mora no prédio, deve ter dificuldade para dormir. Se por acaso alguém assistir às gravações das câmeras de seguranças do banco, deve se perguntar o que tanto esse pessoal conversa, ri e toma coca cola em copo descartável. A madrugada já chegou e está frio. 

Sigo para minha casa e encontro os adolescentes do MAC (Movimento Adolescente Católico) e os jovens do JUC (Jovens Unidos em Cristo) eles estão realizando serenata, para algumas pessoas. Era quase obrigatório no dia das mães e no dia dos pais, esses adolescentes e jovens emocionarem um razoável número de pais e mães. Eu embalo junto com eles e durante toda a fria madrugada de maio ou agosto cantamos 3 ou 4 músicas em várias casas. Como os pais homenageados, se sentem felizes e emocionados com cada música e abraço. As serenatas terminaram e eu estou sem voz. Na realidade, nem canto nada, mas fiquei rouco. Ao chegar na Igreja me deparo com o Pe. Xavier. Como sempre, em uma mão ele está rezando o terço e na outra fumando um cigarrinho. De forma muito rápida, ele sempre faz um comentário sobre o Santos Futebol Clube e diz que vai passar as férias no Mato Grosso pescando e caçando. 

Com fome me dirijo ao antigo Bolinha, em frente a Caixa Econômica Federal. Lá encontro muitos amigos e muitas risadas. A turma está sentada, tomando uma cerveja e comendo algum lanche. Existe um movimento no sábado a noite, que não é normal em todo sábado. É a véspera da cavalgada de São Sebastião.  Muita gente que vai participar da festa no domingo, já chegou na cidade. Por essa razão o volume do movimento é tão grande. No domingo cedinho, a cidade recebe muitos visitantes. Gente de perto e de longe, vem prestigiar esse momento. A cavalgada começa, tomando conta das principais ruas. Grande parte dos moradores saem às ruas para prestigiar esse acontecimento. Talvez seja justamente nesse dia, que algumas crianças vão ter um primeiro contato com os animais de grande porte. Ano após ano, aumenta o número de participantes e a Cavalgada de São Sebastião, vai se tornando um evento de  referência regional. 

Tantos outros fatos, podemos relembrar e juntos com os que relatei, você deve ter se lembrado de tantos outros. Grupos de amigos, que se organizavam e visitavam o rodeio de Barretos, ou realizavam alguma coisa juntos. A verdade é que a história de nossa grande paixão, Jaguapitã, continua sendo escrita. Não em livros ou jornais, mas sim em cada momento que vivemos e desfrutamos. 

Feliz aniversário Jaguapitã! Feliz aniversário jaguapitaenses! "