Um vendedor morreu no momento em que fazia uma tatuagem no braço esquerdo em Curitiba, no Paraná. O episódio, ocorrido em 27 de agosto de 2021, está sendo investigado pela Polícia Civil (PC).
O caso veio à tona após a esposa da vítima prestar depoimento na última semana. De acordo com ela, David Luiz Porto Santos, de 33 anos, passou mal após o tatuador aplicar um anestésico para aliviar a dor.
Monike Caroline de Freitas, disse que o marido teve uma reação quase que imediata à lidocaína - substância anestésica usada pelo tatuador.
"Na hora que tava limpando o excesso [do medicamento], meu marido perguntou o que ele tinha passado e ele [tatuador] falou que era um anestésico. Depois, ele começou a passar mal. O tatuador falou: ‘Dá sal pra ele’. O outro rapaz que tava junto deu o sal e coloquei debaixo da língua do meu esposo. Meu marido só fazia assim [balançava a cabeça] que não tava bem. Botei a mão no peito dele e falei pro tatuador que ele tava com o peito acelerado", disse a esposa da vítima em uma entrevista ao G1.
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Ainda conforme a viúva, o produto foi aplicado durante o procedimento sem autorização. "A princípio, em um primeiro momento o tatuador alegou que a vítima teria solicitado o anestésico para diminuir a dor. A esposa da vítima prestou depoimento e contestou a fala do suspeito, alegando que ele havia passado o produto sem autorização", informou a PC.
A necrópsia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou a causa da morte de David como indeterminada, mas sugeriu "intoxicação exógena por lidocaína". O tatuador deve ser ouvido novamente pelas autoridades nos próximos dias.
A corporação afirmou que David morreu quando fazia sua primeira tatuagem. O tatuador disse em depoimento que o desenho que faria no braço esquerdo da vítima era grande, "fechando" praticamente todo o membro.
A esposa de David contou à polícia que, antes de morrer, o marido teve várias reações, como pressão baixa, palidez, batimento cardíaco acelerado, fala embaralhada, veias dilatadas, perda de sentido e convulsão. Os sintomas, segundo ela, apareceram ainda no estúdio, durante a tatuagem.
O laudo do IML indica que a intoxicação por anestésico local depende de vários fatores, entre eles a velocidade com que se estabelece a aplicação do medicamento.
Com informações do G1.