Esta será a primeira vez que as mulheres serão maioria na delegação brasileira nas Olimpíadas. Dos 277 atletas classificados compondo o Time Brasil que irão para Paris, 153 são mulheres, o que representa 55% do total. Em Tóquio, no ano de 2020, elas representaram 47%. E entre as brasileiras que estarão nas Olimpíadas parisienses, duas saíram de Maringá: Gabriela Moreschi e Adriana Cardoso no Handebol.
De Maringá para Paris
Gabriela Moreschi
Nascida e criada em Maringá, Gabriela é a goleira da Seleção de Handebol nas Olimpíadas de Paris. Ela começou a carreira esportiva na adolescência, jogando por Maringá, depois de despontar em jogos pelo colégio Marista e ganhar bolsa para jogar pelo Anglo nas disputas escolares. A goleira deixou a cidade aos 16 anos para jogar em São Paulo, integrou as seleções brasileiras júnior e adulta, foi jogar na Europa e atualmente, aos 30 anos, ganhou a medalha de prata na final da Champions League de Handebol de 2024 jogando pelo SG BBM Bietigheim da Alemanha.
Adriana Cardoso
Ao lado de Gabriela, em quadra, estará a conterrânea Adriana Cardoso, que nasceu em Fortaleza (CE), mas veio para Maringá ainda criança. “Sou cearense, mas tenho Maringá no coração. Eu cresci aqui e tenho Maringá muito forte dentro de mim”. A ponta-direita começou a jogar no centro esportivo do Jardim Alvorada, conseguiu uma bolsa no colégio Anglo e começou a trilhar o caminho na seleção brasileira sub-15, cadete, juvenil e júnior, até sair da cidade para jogar em Santa Catarina. Aos 21 anos foi para a Dinamarca. A passagem dela pelo Handers HK rendeu o primeiro título da Liga Dinamarquesa à equipe.
Adriana esteve na delegação que foi para as Olimpíadas de Tóquio, onde a Seleção Brasileira de handebol perdeu para a França e foi eliminada ainda na fase de grupos. A posição da jogadora é uma das mais concorridas e ela ficou surpresa com as duas chamadas para a disputa olímpica.
Maringaenses nas Paraolimpíadas
Débora e Beatriz
Se a comitiva para as Olimpíadas já está fechada, a convocação para as Paraolimpíadas de Paris segue em curso, mas já tem duas representantes maringaenses garantidas: as gêmeas Débora e Beatriz Borges Carneiro. Aos 26 anos, as irmãs perderam as contas de quantas medalhas conquistaram ao longo da carreira.
As duas começaram a apresentar os primeiros sinais de atrasos na intelectualidade aos cinco anos e aos 12 o laudo definitivo de deficiência intelectual foi emitido. As gêmeas passaram por sete escolas até se formarem no ensino médio, em Maringá.
Em 2023, fizeram uma dobradinha no pódio dos jogos Parapan-Americanos: na prova dos 100 metros peito na classe S14, Débora conquistou o ouro e bateu o recorde das Américas com o tempo de 1:15.10, Beatriz ficou em 2º lugar e garantiu a prata com o tempo 1:15.72, sua melhor marca pessoal. Beatriz ainda conquistou duas medalhas de bronze nos revezamentos 4×100 metros livre misto e 4×100 metros medley misto.
Em Tóquio 2020, a delegação verde e amarela conquistou 72 medalhas paralímpicas. Em Paris, Débora tem certeza que três delas virão para Maringá.
Com informações: GMC Online