Uma serpente venenosa foi capturada por funcionários do Instituto Água e Terra (IAT) na tarde dessa segunda-feira (6), no pátio de uma escola municipal de Ponta Grossa, município situado nos Campos Gerais do Paraná. Depois de ser recolhida, a cobra da espécie urutu foi encaminhada para o Instituto Klimionte Ambiental.
A serpente estava perto de uma cerca no pátio da Escola Municipal General Aldo Bonde, localizada na área rural da cidade.
O veterinário Robson Klimionte, que atua no Centro de Triagem de Animais Silvestres dos Campos Gerais do instituo, disse que a cobra será examinada e levada para o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Mais detalhes sobre a espécie
A cobra urutu-cruzeiro, conhecida cientificamente como Bothrops Alternatus, pode ser encontrada em muitos lugares da América do Sul. No Brasil, há alta incidência de acidentes em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essa espécie de serpente é terrestre e apresenta um corpo pesado, não se locomovendo de forma tão rápida.
Com tamanho médio de 1,7m, a cobra urutu-cruzeiro possui uma variação de cor entre bege e marrom. Esse tipo de cobra é encontrado em diversos espaços e possui grande distribuição geográfica, mas os lugares mais comuns para se deparar com uma serpente dessa espécie são áreas de pântanos, ribeirinhas ou em outros habitats úmidos.
A cobra urutu-cruzeiro é muito temida pela população brasileira. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o ditado "A urutu quando não mata aleija" é muito disseminado. O veneno dessa espécie é forte e a picada da cobra causa necrose na pele e pode levar à morte, se não tratada a tempo. Há três tipos de acidentes que podem acontecer com o efeito da picada: o leve, quando causa um edema discreto e sai pouco sangue; o moderado, quando aparece o edema e há liberação de sangue; e o grave, que apresenta um edema muito extenso ou largo e ocorre hemorragia e choque.
Além de hemorragias locais, a picada da urutu-cruzeiro pode levar a problemas sistêmicos, como a produção de toxicidade nos rins e hemorragias no cérebro e nos pulmões. Seu efeito é rápido e deve ser tratado imediatamente, já que pode levar a complicações sérias e deixar sequelas após a picada. A vítima precisa ser socorrida e levada a um hospital ou centro de saúde para que um soro antiofídico seja usado como antídoto.
Com informações dos portais Catve e NSC Total.