O Governo do Estado deu início deu início à distribuição de cestas básicas para famílias de alunos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais do Paraná. Serão beneficiadas mais de 30.600 famílias. As cestas são entregues nas escolas estaduais.
Aação é realizada pela Secretaria da Educação e do Esporte, em parceria com a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho e o Conselho Estadual do Direito da Criança e do Adolescente (Cedca).
O projeto Segurança Alimentar Emergencial a Crianças e Adolescentes Indígenas e de Comunidades Tradicionais começou na última semana de julho e vai até o fim de agosto. A distribuição das cestas ás escolas é feita por meio dos Núcleos Regionais da Educação.
De acordo com o Departamento de Diversidade e Direitos Humanos da Secretaria da Educação, a ação está focada nos alunos de comunidades indígenas e tradicionais do Estado, mais atingidas pela pandemia. A Educação mapeou todas as escolas que atendem povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais e direcionou as cestas.
O chefe do Núcleo Regional de Educação de Pato Branco, Marcelo Oltramari, afirma que a ação, junto com a entrega dos kits de merenda, feitas quinzenalmente pelas escolas, está sendo realizada por toda a equipe do núcleo. “Temos uma diversidade muito grande de comunidades étnicas em nossa região e, infelizmente, elas estão sendo as mais afetadas pela crise do Covid-19. A ação irá ajudá-las nesta fase”, afirma.
IMPORTANTE - O diretor Adenir Machado dos Santos, da escola estadual indígena Jykretag, afirma que, para seus alunos, a doação dessas cestas, além da entrega dos produtos da merenda, está de fato, ajudando as comunidades. “Em nossa escola, os 105 alunos foram contemplados. Acho extremamente importante essa preocupação das instituições do Governo”, diz ele.
EM PROL DAS FAMÍLIAS - A ação foi aprovada através da Deliberação do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (número 010/2020), que assegura verba do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) para aquisição de cestas básicas destinadas a crianças e adolescentes indígenas e de comunidades tradicionais.
A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais as define como grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais. Eles possuem formas próprias de organização social, ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.