O Tribunal do Júri de Guarapuava condenou o biólogo Luiz Felipe Manvailer pelo assassinato da advogada Tatiane Spitzner, então esposa do réu na época do crime.
O interrogatório do réu durou por 11 meses. O julgamento de Manvailer foi iniciado na última terça-feira (4) e a sentença foi proferida na noite desta segunda-feira (10). Ele foi condenado por homicídio doloso com quatro qualificados (motivo fútil, meio cruel, asfixia e feminicídio) e também por fraude processual.
Mas apenas a qualificadora de asfixia será aplicada, com os outros itens tendo aplicação posterior para aumentar a pena do réu, seguindo a legislação penal.
Durante todo o julgamento, o réu manteve a posição de que não cometeu o crime e que após intensa discussão, a advogada teria se atirado da sacada do apartamento do casal em Guarapuava.
Tatiane Spitzner foi encontrada morta 22 em julho de 2018, depois de cair do quarto andar do prédio em que morava com Manvailer, em Guarapuava. Imagens de câmeras do edifício mostram o casal brigando e Tatiane sendo agredida pelo marido, quando os dois voltavam para casa depois de uma comemoração do aniversário dele em um restaurante da cidade.
Após a morte da mulher, Manvailer fugiu e foi pego pela polícia viajando de carro em direção à fronteira com o Paraguai, sendo que o IML (Instituto Médico Legal) chegou a emitir um laudo em que afirma que ela morreu por esganadura antes de cair do prédio.