'A gente saiu correndo', diz maringaense que foi à guerra

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 16/03/2022
'A gente saiu correndo', diz maringaense que foi à guerra

Um jovem maringaense, que é instrutor de tiros, foi recentemente à Ucrânia para ajudar o país no confronto contra as tropas russas. A Rússia invadiu o território ucraniano e diversos combates são registrados diariamente. Tiago Rossi, de 28 anos, com sua habilidade, decidiu ir para lá para se integrar à Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia. No entanto, a situação ficou complicada para ele e outros voluntários estrangeiros.

O maringaense fez um vídeo onde conta que teve que fugir para sobreviver, pois aviões russos atacaram a base do grupo. "Não imaginava o que era uma guerra", disse o rapaz. 

Tiago Rossi (atirador brasileiro), um dos caras q foram lutar c/ a cara e a coragem sem saber que estava acontecendo uma GUERR@ ! (1:17)

Bravura sem saber onde estava se metendo … pic.twitter.com/3QlimTQ5Lh

— Tsuki (@Fa1ryNight) March 14, 2022

Segundo o brasileiro, apenas as pessoas que fugiram antes do ataque conseguiram sobreviver. "Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. A informação que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles [russos] acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, diz. 

No registro, o rapaz conta com detalhes como foi o bombardeio. "Teve um bombardeio, às três horas da manhã teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu cinco horas da manhã, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e um soltou um míssil em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato. Começou a soltar muitos mísseis em cima da gente", descreve.

"Quando terminou a primeira onda de mísseis, a gente foi reagrupar o batalhão inteiro para ver quantas baixas tiveram. Eles [russos] estouraram toda a parte de paiol, centro médico, acabaram com tudo. Fomos orientados a sair de lá o mais rápido possível", disse.

Os brasileiros que fazem parte da Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia disseram, por meio das redes sociais, que deixaram a base militar momentos antes do bombardeio, na madrugada da última segunda-feira (14). Pelo menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas.