A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez duras críticas a John Textor, mandatário da SAF do Botafogo, neste domingo. Ela rebateu as acusações do empresário norte-americano de que houve manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2021, 2022 e 2023. Textor afirmou que o clube paulista teria sido beneficiado em jogos da temporada passada.
"Esse senhor (Textor) já está falando essas barbaridades desde quando fomos campeões brasileiros. O Palmeiras está processando John Textor na esfera cível e pedimos a instauração de inquérito policial. Ele tem que comprovar o que ele diz", afirmou Leila à Cazé TV. "Acho que o John Textor hoje é a grande vergonha do futebol brasileiro. É uma irresponsabilidade ímpar uma pessoa ficar fomentando mentiras. Ele tem que comprovar", disse Leila.
No último dia 1º de abril, em entrevista a uma live do Canal do Medeiros no YouTube, o mandatário do clube carioca disse que o Palmeiras tem sido beneficiado há pelo menos dois anos. Posteriormente, Textor publicou uma nota em seu site e descreveu os jogos em que supostamente houve manipulação a favor do time treinado por Abel Ferreira.
Palmeiras x Fortaleza em novembro de 2022, em que o clube paulista venceu por 4 a 0, é o primeiro da lista. "O jogo foi, segundo grandes especialistas e inteligência artificial, manipulado por pelo menos quatro jogadores do Fortaleza", disse ele, em comunicado.
O Fortaleza publicou nota oficial em 2 de abril e pontuou que "as afirmações, proferidas sem a apresentação de quaisquer provas, maculam a reputação de nossa instituição centenária e geram graves danos de imagem do clube".
Outra partida que envolve a equipe alviverde e teria sido corrompida é o confronto entre Palmeiras e São Paulo, em que o time tricolor foi goleado por 5 a 0, em outubro de 2023. De acordo com o texto do mandatário do Botafogo, ao menos cinco atletas são-paulinos teriam manipulado o resultado.
"Um total de sete jogadores apresentaram desvios anormais em situações-chave de marcação de gols, embora apenas cinco tenham ultrapassado os limites que estabeleceriam provas claras e convincentes de manipulação do jogo", aponta o relatório.
O São Paulo classificou as acusações como "graves e infundadas". "Tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história. O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal", disse o clube em comunicado no dia 1º.
Na entrevista à CazéTV, Leila Pereira também falou que o meio utilizado pelo norte-americano para fazer as acusações é "irresponsável". "Quem quer fazer uma denúncia séria não fica indo em podcast fazer denúncias. Vá ao Ministério Público, apresente suas provas, é interesse de todos nós", afirmou Leila. "Esse senhor é um fanfarrão, e acho que ele tem que ser punido. Se ele não provar, tem que ser punido de uma forma exemplar. Esse homem deveria ser banido do futebol brasileiro", disse ela.
Leila ainda cobrou medidas das autoridades brasileiras em relação às alegações de Textor. "Ele fala tanto em inteligência artificial, ele deveria dar menos valor à inteligência artificial e mais na inteligência emocional, que ele não tem absolutamente nenhuma. Agora, quem tem que tomar as providências são as autoridades", disse a presidente do Palmeiras.