O varejo paulistano encerrou o segundo semestre de 2022 com alta de 7,7% nas vendas em comparação com igual período de 2021, de acordo com dados do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e cálculos do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da associação.
De acordo com o instituto, não foi possível fazer a comparação do total de vendas registradas em 2022 com 2021 em razão das medidas restritivas que o comércio foi submetido no ano retrasado. Na comparação de 2022 com 2019, período pré-pandemia, houve recuo de 2,4%.
Ainda segundo a entidade, o crescimento observado no segundo semestre de 2022 foi impulsionado pelos programas de transferência de renda do governo federal, o aumento do emprego e a recuperação da confiança dos consumidores.
A instituição espera "aumento modesto" nas vendas ao longo do ano de 2023, sobretudo por causa dos juros altos.
"(O crescimento das vendas) vai depender dos preços dos produtos agrícolas e do nível de consumo. Será um ano difícil pela maior taxa de juros e o nível de endividamento das famílias", comenta o economista da ACSP Marcel Solimeo.
Em contrapartida, Solimeo pontua que, a exemplo do que ocorreu em 2022, a injeção de recursos pelo governo federal por meio de programas sociais pode ajudar a manter o ritmo de consumo das famílias.