A PPSA, empresa pública que gere os contratos da União no Pré-Sal e sua parcela na produção da área, estima uma arrecadação superior a R$ 500 bilhões nos próximos dez anos até 2034 com a comercialização do petróleo e gás que cabe à União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção nos campos de Mero, Atapu e Tupi no próximo decênio.
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A estimativa consta do estudo "Estimativa de produção dos contratos de partilha e de arrecadação para os cofres públicos no período 2025-2034", apresentado nesta quinta-feira, 5, no Fórum Técnico anual da empresa.
Segundo a presidente da PPSA, Tabita Loureiro, considerando ainda os valores a serem pagos com royalties e tributos, a arrecadação total da União com estes contratos pode superar R$ 1 trilhão.
Cenários
O estudo elaborado pela PPSA apresenta três cenários para os resultados da União nos próximos dez anos: um "pessimista", outro definido como "mais provável" e um terceiro "otimista", com variações no preço do petróleo e do gás, na taxa de câmbio e entrada em produção de plataformas, entre outras variáveis.
A estimativa de R$ 500 bilhões vem do cenário "mais provável", com o barril do Brent a US$ 70 e uma taxa de câmbio de R$ 5,43.
Segundo Tabita, todos os cenários apontam para aumento da produção. Os outros dois consideram um Brent a US$ 50 ou US$ 90.
"A produção de óleo da União alcançou a marca de cem mil barris por dia (bpd) em outubro, o que nos coloca, pela primeira vez, como quinto maior produtor nacional. O cenário mais provável indica que a produção da União alcança o pico em 2030, com 543 mil bpd. Então estaremos no top 3 (de maiores produtores) com certeza. No cenário otimista chega a 583 mil bpd", disse Tabita.
Gás Natural
Assim como no óleo, foram traçados três cenários para a produção de gás natural da União disponível para exportação nos contratos de partilha e nos acordos de individualização.
Mesmo considerando as estimativas do cenário pessimista, a produção deverá aumentar dos atuais 255 mil m³ por dia para 3,3 milhões de m³ por dia em 2031.
No cenário otimista, alcança 3,5 milhões de m³ por dia em 2031, mantendo-se acima da faixa de três milhões por cinco anos consecutivos. Essas estimativas não consideram o fator de rendimento das UPGNs, o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos.