Os contratos futuros mais líquidos de petróleo fecharam a sexta-feira, 17, em alta, depois do tombo de quase 5% visto na véspera, recuperando parte das perdas da semana, mas ainda ficando com saldo vermelho, diante da onda recente de preocupação com a demanda mundial.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 4,06% (+US$ 2,97), a US$ 76,06 o barril. Na semana, o WTI acumulou perdas de 1,43. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 4,12% (US$ 3,19), a US$ 80,61 o barril. Na semana, o Brent caiu 1%.
Nesta sexta, o preço da commodity subiu enquanto o dólar se enfraqueceu no exterior, e diante de especulações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve considerar cortes adicionais na oferta a partir da próxima reunião do cartel, que acontece no fim do mês, motivada pela preocupação com a demanda e com um possível excedente para o próximo ano.
Segundo a Capital Economics, a terceira semana consecutiva de perdas do petróleo, apesar da guerra em Israel, mostra que "o mercado petrolífero parece estar mais bem abastecido do que se esperava anteriormente", e o fato dos preços do Brent permanecerem abaixo de US$ 80 deve forçar não só Arábia Saudita e Rússia a prorrogarem os cortes, mas a Opep+ a procurar novas formas de restringir a oferta.
A Marex avalia que, apesar da alta do petróleo nesta sexta, que parece ser em parte por compensação à queda de quinta-feira, o cenário geral ainda favorece a queda de preços. Em nota a clientes, ela afirma que a alta dos estoques de petróleo nos EUA mostra um setor bem abastecido do lado da oferta, e avalia que os estoques mantidos em Cushing estão 4 milhões de barris mais altos do que a média desde outubro.