Padilha diz que não participou de reunião sobre Petrobras e que assunto é com MME e Casa Civil

Autor: Fernanda Trisotto, Giordanna Neves e Gabriel Hirabahasi (via Agência Estado),
segunda-feira, 08/04/2024

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira, 8, que não tem participado das reuniões sobre a Petrobras. Ele foi questionado no período da tarde desta segunda sobre a estatal após deixar reunião na residência oficial do Senado com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"Sobre a Petrobras é muito fácil, eu comento brevemente. Eu não participei de nenhuma discussão sobre a Petrobras. Esse é um tema afeito ao ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), ao ministro da Casal Civil (Rui Costa). Eles estão discutindo e são ministérios que participam do Conselho da Petrobras", declarou Padilha.

O Ministério da Fazenda recentemente ganhou um assento no Conselho da empresa e indicou o secretário executivo adjunto da pasta, Rafael Dubeux, para a função.

Lula havia convocado uma reunião para discutir a crise envolvendo a Petrobras, em meio aos ruídos sobre a possibilidade de saída do presidente da estatal, Jean Paul Prates, na noite do domingo, mas cancelou a reunião após ficar irritado com o vazamento do encontro.

Desde a semana passada, após os rumores sobre a saída de Prates, passou a se especular em Brasília quem poderia assumir o posto. O nome do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, aparece, até o momento, como o mais cotado.

Não está descartada, no entanto, a possibilidade de manutenção do atual presidente da Petrobras no cargo e de costura de um "meio-termo" para apaziguar os ânimos entre integrantes do governo.

Como mostrou oBroadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), um arranjo alternativo seria Mercadante na presidência do Conselho da estatal, mediando conflitos entre a diretoria e demais integrantes indicados pelo Poder Executivo, enquanto Prates manteria o cargo, mas com foco na parte operacional da empresa.