Na China, Politburo promete estímulos adicionais para impulsionar a economia

Autor: Sergio Caldas (via Agência Estado),
segunda-feira, 24/07/2023

O Politburo, principal órgão decisório da China, demonstrou confiança na recuperação da segunda maior economia do mundo nesta segunda-feira, 24, com a promessa de mais medidas de apoio, mas também reconheceu os obstáculos ao crescimento.

Em reunião coordenada por Xi Jinping, presidente chinês e chefe do Partido Comunista, os principais líderes do país discutiram assuntos econômicos e concluíram que a China teve bom desempenho no primeiro semestre do ano, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.

No encontro, a liderança avaliou que a economia chinesa vem enfrentando novos desafios decorrentes da fraca demanda doméstica, algumas empresas em dificuldades, riscos em uma série de áreas-chave e um ambiente externo difícil, sem oferecer mais detalhes.

A recuperação econômica na era pós-pandêmica é "um processo de desenvolvimento em ondas e progresso tortuoso", disseram as autoridades, em uma aparente resposta a preocupações recentes sobre a desaceleração da China após o impulso inicial da reabertura pós-covid-19.

Ainda na reunião, líderes reiteraram que a economia chinesa tem grande resiliência e potencial de desenvolvimento, e que os fundamentos de avanços no longo prazo não se alteraram.

Também no encontro, o Politburo prometeu fortalecer o ajuste anticíclico e as reservas cambiais, com a garantia de que políticas fiscais mais proativas e políticas monetárias prudentes serão implementadas, e apontou a necessidade de reavivar o mercado de capitais e fortalecer a confiança dos investidores.

Além disso, os líderes chineses reforçaram o compromisso de expandir a demanda doméstica e permitir que o consumo impulsione o crescimento econômico. As áreas visadas incluem itens de alto valor, como carros, produtos eletrônicos e móveis, e setores de serviços que vão de esportes a turismo, de acordo com a Xinhua.

Outras promessas incluíram o aumento do uso de bônus especiais de governos para estimular investimentos, ajustes em políticas para o setor imobiliário e o fortalecimento de normas financeiras.