O dólar subiu ante o iene e oscilou perto da estabilidade ante euro e libra, com investidores avaliando os números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O aguardado dado foi publicado nesta manhã e consolidou expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não elevará os juros na próxima semana, mas havia dúvidas sobre a chance de ainda haver algum aumento até o fim do ano. No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 147,48 ienes, o euro subia a US$ 1,0733 e a libra tinha baixa a US$ 1,2489, estas duas últimas praticamente estáveis. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,05%, a 104,766 pontos. O CPI teve crescimento de 0,6% em agosto ante julho, após ajustes sazonais, em linha com a mediana dos analistas consultados pelo
Projeções Broadcast. O núcleo subiu 0,3% no mês, um pouco acima da previsão de 0,2%. Na comparação anual, as altas foram de 3,7% e 4,3%, ante previsões de 3,6% para o índice cheio, com a leitura anual do núcleo em linha com o esperado. O dólar oscilou na mesma faixa, após o indicador. No monitoramento do CME Group, crescia um pouco a chance de manutenção dos juros pelo Fed na próxima semana, em 97% no fim desta tarde. Até o fim do ano a expectativa majoritária ainda é de manutenção, mas com mais de 40% de chance de alguma alta. O CIBC destacava o fato de que o dólar e também os juros dos Treasuries haviam exibido reação modesta ao dado. O banco acredita que o Fed não elevará mais os juros, no atual ciclo de aperto. O Citi, por sua vez, ainda projeta uma alta "final" de 25 pontos-base para encerrar o ciclo, e também antecipa uma postura do Fed de que os juros devem seguir mais elevados por mais tempo, a fim de garantir que a inflação retorne à meta. Já o Danske Bank, que não acredita em mais altas, destacava o fato de que a inflação subjacente "segue persistente", mas continua a antecipar mais perda de fôlego na trajetória inflacionária nos próximos meses, com o mercado de trabalho e o crescimento de salários "tornando-se mais equilibrados". Ante emergentes, o dólar avançava a 350,1621 pesos argentinos. A inflação ao consumidor na Argentina subiu 12,4% em agosto ante julho, com alta anual de 124,4%, acelerando ante os números do mês anterior. Há foco importante também na disputa eleitoral local, com o primeiro turno em 22 de outubro. O jornal
Ámbito Financierodestaca que o salto nos preços ocorreu depois da desvalorização cambial ocorrida após as primárias eleitorais, com a inflação no recorde em 32 anos.