Marinho reforça compromisso com nova política do salário mínimo e reajuste na tabela do IR

Autor: Sofia Aguiar, Eduardo Gayer e Antonio Temóteo (via Agência Estado),
sexta-feira, 28/04/2023

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reiterou nesta sexta-feira, 28, que o governo vai retomar a política de valorização do salário mínimo levando em consideração a inflação e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em proposta a ser encaminhada ao Congresso Nacional. Ele ainda reforçou o compromisso com a ampliação na faixa de isenção do Imposto de Renda, que vai para dois salários mínimos nos valores reajustados.

"A retomada do crescimento é essencial para retomada da geração de emprego e renda", disse Marinho em evento no Palácio do Planalto de sanção do projeto de lei de reajuste dos salários dos servidores públicos federais civis, incluindo aposentados e pensionistas.

Ao longo do discurso, Marinho também engrossou o coro do governo contra o Banco Central. "Nós temos uma trava do Banco Central que insiste em falar que não existem parâmetros técnicos para iniciar queda de juros", afirmou o ministro do Trabalho. "Seguramente seria uma injeção na veia dos empregos formais do País", argumentou, sobre um eventual relaxamento monetário.

O reajuste dos servidores será concedido de forma linear a todas as categorias e foi aprovado na quarta-feira, 26, pelo Congresso Nacional e começa a contar na folha de 1º de maio, sendo pago a partir de 1º de junho. O projeto também prevê reajuste de R$ 200 no auxílio-alimentação, que passa de R$ 458 para R$ 658.

Segundo o Ministério da Gestão, o impacto do aumento salarial nas contas públicas é de R$ 11 bilhões e já estava previsto no Orçamento deste ano. Mesmo assim, será necessário abrir um crédito adicional de R$ 280 milhões para complementar o pagamento. Esse é o primeiro reajuste para servidores públicos desde 2016.