Lucro da Adecoagro foi de US$ 82,209 mi no 4º tri de 2023 ante US$ 2,732 mi no 4º tri de 2022

Autor: Leandro Silveira (via Agência Estado),
sexta-feira, 15/03/2024

A Adecoagro, companhia do setor agrícola na América do Sul, obteve lucro líquido de US$ 82,209 milhões no quarto trimestre de 2023, informou a empresa. Em igual período de 2022, o lucro líquido havia sido de US$ 2,732 milhões. Em termos ajustados, a companhia saiu de um lucro líquido de US$ 18,568 milhões para um prejuízo líquido de US$ 16,402 milhões.

No release de resultados, a Adecoagro explicou que a diferença de US$ 79,5 milhões entre o lucro líquido do quarto trimestre de 2023 com o do igual período de 2022 é explicado principalmente pela variação da taxa de câmbio, que apresentou ganho de US$ 61,3 milhões devido à desvalorização do peso argentino, juntamente com um ganho de US$ 40,6 milhões na contabilização da inflação, impulsionado pela exposição líquida dos recursos da Adecoagro.

Isso foi parcialmente compensado por um aumento de US$ 24,0 milhões em relação ao ano anterior nas despesas com imposto de renda, explicou a empresa.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 95,763 milhões, queda de 9,5% ante o quarto trimestre de 2022.

A margem Ebitda ajustado passou de 28,3% para 24,6%. As vendas brutas aumentaram 4,7% na mesma comparação, para US$ 400,14 milhões.

No segmento de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir de cana - seu principal negócio -, o Ebitda ajustado caiu 13,5% ante o quarto trimestre de 2022, para US$ 87,47 milhões. Na divisão de agricultura, o Ebitda ajustado subiu 34,3% para US$ 13,18 milhões.

O volume processado de cana-de-açúcar recuou 7,2% na comparação anual, para 2,928 milhões de toneladas. A produção de açúcar passou de 184,382 mil toneladas no quarto trimestre de 2022 para 186,443 mil toneladas em igual período do ano passado, tendo crescido 1,1%. Já a produção de etanol caiu 13,5%, para 119 milhões de litros.

Do total de matéria-prima, 48% foram destinados à produção de etanol e 52%, ao açúcar. Um ano antes, o mix havia sido de 56% e 44%, respectivamente.