Em meio ao processo de queda da Selic, a taxa média de juros no crédito livre mostrou nova redução em novembro ante outubro. O porcentual passou de 42,6% para 41,8% ao ano, informou nesta quinta-feira, 4, o Banco Central. No penúltimo mês de 2022, a taxa estava em 43,0%. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre cedeu de 56,1% para 54,9% ao ano de outubro para novembro. No segmento de pessoas jurídicas, a taxa passou de 22,8% para 22,2% entre os dois meses.
Cheque especialEntre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa aumentou entre outubro e novembro, de 131,4% ao ano para 132,7% ao ano. No crédito pessoal, a taxa também subiu, de 41,2% para 42,3% ao ano. Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
VeículosOs dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 26,2% ao ano em outubro para 26,0% em novembro.
Juros no crédito totalA taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 30,0% ao ano em outubro para 29,5% ao ano em novembro. No penúltimo mês de 2022, estava em 31,0%.
ICCJá o Indicador de Custo de Crédito (ICC) ficou estável em novembro ante outubro, aos 22,1% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
SpreadO spread em operações de crédito apresentou nova redução em novembro. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 31,1 pontos porcentuais em outubro para 30,8 pontos porcentuais em novembro. No segmento pessoa física, o spread passou de 44,4 para 43,7 pontos porcentuais entre os dois meses. Para pessoa jurídica, o spread médio oscilou de 11,6 para 11,4 pontos porcentuais na passagem de outubro para novembro. O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito. O spread médio do crédito direcionado variou de 4,9 para 4,7 pontos porcentuais na passagem de outubro para novembro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 20,6 para 20,4 pontos porcentuais entre os dois meses.