Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,451 bilhões em fevereiro, informou nesta segunda-feira, 27, o Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 10,793 bilhões. Em janeiro, entraram US$ 6,877 bilhões em IDP.
O resultado ficou abaixo do piso das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, de US$ 7,5 bilhões, com teto em US$ 13 bilhões e mediana em US$ 9,750 bilhões.
No acumulado do ano até fevereiro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 13,328 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 75 bilhões. A projeção foi feita no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro e será atualizada no documento desta semana.
No acumulado dos 12 meses até fevereiro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 88,003 bilhões, o que representa 4,49% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 202 milhões em fevereiro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 5,034 bilhões. Em janeiro, ficou positivo em US$ 2,402 bilhões. No acumulado do ano até fevereiro, o saldo ficou positivo em US$ 2,604 bilhões.
Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 34 milhões em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 185 milhões. Em janeiro, ficou negativo em US$ 490 milhões. No acumulado do ano até fevereiro, os fundos registram saídas líquidas de US$ 456 milhões.
O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 317 milhões em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado negativo em US$ 3,019 bilhões. Em janeiro, ficou positivo em US$ 2,243 bilhões. No acumulado do primeiro bimestre, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 2,561 bilhões.
Taxa de rolagem
O Banco Central informou também nesta segunda-feira que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 105% em fevereiro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade suficiente para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou abaixo do verificado no segundo mês do ano passado, quando a taxa havia sido de 173%.
De acordo com os números apresentados nesta segunda pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 342% em fevereiro. Em igual mês de 2022, havia sido de 343%. Já os empréstimos diretos atingiram 100% no segundo mês do ano, ante 156% de fevereiro de 2022.
No acumulado do ano até fevereiro, a taxa de rolagem total ficou em 107%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 217% e os empréstimos diretos, de 102% no período.