Após recuar pelo terceiro pregão consecutivo, o dólar abriu esta sexta-feira, 13, em alta, indicando realização de lucros por parte dos investidores. Na quinta, a divisa dos Estados Unidos encerrou a sessão de negócios a R$ 5,1005 (-1,55%), chegando a tocar os R$ 5,0694 na mínima intraday, e acumulando queda de 2,59% na semana e 3,40% em janeiro. No entanto, a trajetória de alta das commodities ajudando nos termos de troca com moedas de emergentes se valorizando frente à moeda americana pode contrabalancear o movimento ao longo do dia.
Às 9h05 desta sexta, o dólar à vista subia 0,28%, a R$ 5,1147 enquanto no futuro com vencimento em fevereiro estava estável (0,0%), a R$ 5,1305. Já DXY, que mede a variação do dólar ante outras seis moedas relevantes, avançava 0,18%, a 102,431 pontos. Os contratos futuros de petróleo avançavam com o do Brent em alta de 0,76%, a US$ 84,67 o barril.
No plano doméstico, o mercado monitora o encontro fechado à imprensa de Fernando Haddad (Fazenda) com economistas em São Paulo. E a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em novembro, cuja mediana do mercado indica queda de 0,20% na margem, após retração de 0,05% em outubro. As projeções vão de queda de 0,60% a crescimento de 0,20%, segundo o Projeções Broadcast.
Os investidores ainda digerem as medidas fiscais para reduzir o déficit público deste ano. Se por um lado, analistas avaliam que ainda há incertezas em relação à capacidade do governo de cortar gastos, por outro, é visto como positivo o comprometimento com a redução da relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) e o estabelecimento de uma meta para o déficit primário este ano.
Na quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai perseguir neste ano uma meta de déficit primário entre 0,5% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB). "Não há crescimento sustentável com déficit de 2% do PIB", afirmou. Haddad apresentou hoje uma série de medidas que poderiam reverter o déficit, mas alertou que pode haver "frustração" nesse objetivo devido a "bombas de efeito retardado" do governo anterior.
Ficam agora no radar mudanças sobre voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que permitia o desempate em julgamentos a favor do governo. Haddad anunciou hoje a retomada do instrumento.