O representante dos Estados Unidos nas discussões sobre mudança climática, John Kerry, afirmou que o governo Joe Biden acredita no Plano de Transformação Ecológica (PTE) do governo brasileiro. Kerry reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no pavilhão brasileiro na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) nesta tarde (horário local). "Acreditamos no Plano de Transformação Ecológica. O presidente Joe Biden é um entusiasta e estou aqui para expressar esse apoio ao Plano", afirmou, acrescentando que a reunião com Haddad foi muito construtiva. Em entrevista à imprensa brasileira, Kerry disse que os Estados Unidos querem trabalhar em projetos de forma cooperativa "não só na Amazônia, mas no Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica". "Temos uma equipe no Brasil para abrir e incrementar oportunidades de negócios", disse. Ele afirmou que o governo americano não investe diretamente em iniciativas privadas mas que dispõe de uma agência de desenvolvimento - International Development Finance Corporations (DFC) - que está disponível para investir em startups. "Temos uma equipe no Brasil para abrir e incrementar oportunidades de negócios", disse. Kerry pontuou que o setor privado dos EUA é o maior investidor estrangeiro no Brasil e que o presidente Biden anunciou, no primeiro semestre, US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia
COP30 em Belém: "Fantástico"Kerry considera "fantástica" a ideia de a COP30, em 2025, ser realizada na Amazônia. "Todo mundo apoia essa ideia", disse o representante do governo americano. "Só espero não ter a minha 1ª visita à Amazônia durante a COP; quero ir antes", afirmou. Sobre a cooperação na questão climática entre EUA e China, Kerry lembrou que os dois países já concordaram que na próxima meta (NDC, sigla em inglês para contribuição nacionalmente determinada), o governo chinês vai incluir todos os gases de efeitos estufa e não apenas o dióxido de carbono. "Ou seja, vai incluir gases como o metano, entre outros", afirmou. Kerry lembrou que os dois países também concordaram de trabalhar conjuntamente para incrementar o uso de energias renováveis. "Ou seja, será possível esperar uma redução na emissão de gases de efeito estuda dos dois países ainda nesta década", disse.