O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, rechaçou nesta terça-feira, 25, as críticas de que a autoridade monetária teria passado a mandar recados políticos por meio dos comunicados e atas do Copom. "As palavras da comunicação do Copom passaram a ser objeto político. Mas temos um padrão que não mudou, usado no mundo todo. O comunicado do Copom é muito técnico e cada palavra faz muita diferença", argumentou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Campos Neto também rebateu as críticas de que o BC "nunca cumpre" a meta de inflação. "Não é verdade que Brasil estoure a meta mais que outros países. O Brasil estourou meta sete vezes. Na Colômbia e no Peru, por exemplo, foram oito", acrescentou.
O presidente do BC lembrou ainda que grande parte dos países do mundo têm metas de inflação entre 2% e 3%, e destacou que pouquíssimos BCs do mundo entregaram suas metas no ano passado.
"As desonerações de 2022 fizeram com que saíssemos de 'corredor' da meta em 2023", completou Campos Neto.