A Caixa Econômica Federal encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido recorrente de R$ 2,9 bilhões, valor 49% maior que o do mesmo período do ano passado. Pelo critério contábil, o resultado do banco público foi de R$ 2,5 bilhões, alta de 27,3%.
Novamente, a alavanca dos resultados da Caixa foi o crescimento da carteira de crédito, que encerrou o trimestre com saldo de R$ 1,144 trilhão em operações, alta de 10,4% em um ano. A carteira de crédito habitacional, que é a mais representativa, subiu 14,4% em um ano, para R$ 754,3 bilhões.
No trimestre encerrado em março, a Caixa concedeu R$ 143 bilhões em crédito, um crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2023. No crédito imobiliário, as concessões somaram R$ 51,3 bilhões, um salto de 24% em um ano.
A margem financeira do banco público foi de R$ 15,3 bilhões, 9,9% maior que a observada um ano antes. Segundo a Caixa, houve crescimento de 0,2% nas receitas provenientes da carteira de crédito, e redução de 18,1% das despesas com recursos de instituições financeiras e oficiais.
Nas receitas com prestação de serviços, o banco obteve R$ 6,6 bilhões, volume 6,9% superior ao do mesmo período do ano passado. A alavanca foram as receitas com serviços em operações de crédito, que subiram 15% em 12 meses, seguidas pelas receitas com produtos de seguridade, que subiram 8,9%, e pelas receitas com contas correntes e tarifas, que avançaram 8,2%.
A Caixa informou ainda que as despesas administrativas somaram R$ 11,4 bilhões no primeiro trimestre, alta de 14,8% em um ano. O crescimento foi puxado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV), que deve aceitar até 3,2 mil adesões. Sem este efeito, a alta nas despesas teria sido de 6%.
O material não informa o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês). O patrimônio líquido da Caixa somava R$ 132,3 bilhões no final de março, crescimento de 6,2% em relação ao mesmo intervalo de 2023. Os ativos eram de R$ 1,9 trilhão, alta de 13,9% em um ano.