O saldo da balança comercial no primeiro quadrimestre do ano foi recorde para o período, quando o superávit ficou em US$ 27,7 bilhões. A diferença entre as exportações e importações em abril, por sua vez, foi o segundo melhor resultado para o mês na série histórica, ficando atrás do saldo de 2021, que foi de US$ 9,96 bilhões, contra US$ 9,041 bilhões fechados no mês passado.
Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, entre janeiro e abril, houve recorde também para o valor exportado no período, que atingiu a marca de US$ 108,8 bilhões, além de a corrente ter atingido seu pico, com US$ 190 bilhões. Já as importações tiveram seu segundo melhor valor da série, com US$ 81,1 bilhões.
Em abril, recordes para o período foram registrados na importação (US$ 21,9 bilhões), na exportação (US$ 30,9 bilhões) e na corrente (US$ 52,8 bilhões).
De acordo com Brandão, os números de abril foram favorecidos pela maior quantidade de dias úteis - quatro a mais - em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação entre os meses, o aumento das exportações foi de 14,1%, mas, na média diária, houve queda de 6,6%. A mesma situação aconteceu nas importações. Houve avanço de 14,3%, mas na média diária foi registrada queda de 6,5%.
Segundo o diretor no MDIC, a exportação em abril teve grande aumento de volume embarcado, com avanço de 22,5%, mas queda nos preços, de 6,8%. No caso da soja, por exemplo, houve queda no valor vendido - de 17,7%, o que foi puxado pela desvalorização de preço de 19,7%, enquanto o volume exportado cresceu 2,5%. No caso das compras gerais, a mesma dinâmica das vendas foi registrada. Enquanto os preços recuaram 8,1%, o volume cresceu 24,8%.