Bolsas de NY fecham sessão em queda, mas acumulam fortes ganhos na semana, de olho no Fed

Autor: Maria Lígia Barros (via Agência Estado),
sexta-feira, 16/06/2023

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, 16, após dirigentes e relatório do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) chamarem a atenção para a persistência da inflação nos Estados Unidos, reiterando o sentimento inicial do mercado de que a decisão de pausa do aperto do BC americano tem um viés hawkish. Mesmo assim, os índices acumularam fortes ganhos na marcada por decisões de Fed, Banco Central Europeu (BCE) e Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,32%, a 34.299,12 pontos; o S&P 500 perdeu 0,37%, a 4.409,59 pontos; e o Nasdaq recuou 0,68%, a 13.689,57 pontos.

Na semana, o Dow Jones avançou 1,25%, o S&P 500 subiu 2,58% e o Nasdaq, 3,23%.

O setor de tecnologia teve uma boa semana, ainda que as empresas tenham tido um desempenho pior nesta sexta.

Os índices abriram em alta, sem muito ímpeto, mas inverteram o sinal nas últimas horas do pregão. A sessão contou com a divulgação da queda das expectativas de inflação em um ano pela Universidade de Michigan. No entanto, para o Jeffries, o indicador não é suficiente para afetar a possibilidade de uma elevação nos juros do Fed na reunião de julho - hoje majoritária.

O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursou pela manhã e disse que a inflação permanece muito elevada - em linha com o que o relatório semianual de política monetária publicado hoje também indicou.

Em Wall Street, o setor de tecnologia foi perdendo fôlego ao longo do dia. Apple e Microsoft perderam 0,59% e 1,66%, respectivamente, após terem alcançado máximas históricas.

O segmento de semicondutores também sofreu baixas, com a Micron recuando 1,69% depois de informar que metade da sua receita com a China está sob risco por causa de sanções do país asiático.

As fabricantes de chips Intel (1,54%) e Nvidia (0,09%) foram a exceção, subindo com anúncio de novas fábricas da Intel e recomendação da Nvidia pelo Morgan Stanley.