As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, 6, com S&P 500 e Nasdaq renovando recorde de fechamento, repercutindo o payroll de novembro nos Estados Unidos. A alta de ambos os índices foi impulsionada pelas ações de tecnologia
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,28%, a 44.642,52 pontos. O S&P 500 subiu 0,25%, a 6.090,27 pontos e o Nasdaq avançou 0,81%, a 19.859,77 pontos. Na semana, o Dow Jones caiu 0,60%; o S&P subiu 0,96% e o Nasdaq ganhou 3,34%.
A economia dos EUA criou 227 mil empregos em novembro, acima da mediana de 200 mil prevista por 27 analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Contudo, o Cibc avalia que, se somados, os números não apontam uma "tendência que mereça destaque", sinalizando apenas recuperação após os impactos dos furacões e de greves de trabalhadores. Conforme ferramenta de monitoramento do CME Group, a chance de o Federal Reserve (Fed) cortar juros em 25 pontos-base estava em a 85% no fim da tarde desta sexta-feira após o payroll.
A alta das ações de tecnologia pode parecer surpreendente. No entanto, tem sido o nome do jogo recentemente, e com tantos fatores em vigor para um rali de fim de ano, torna-se mais fácil compreender o clima ainda otimista. Por outro lado, um terceiro ano consecutivo de ganhos de mais de 20% para o S&P 500 em 2025 é provavelmente uma tarefa difícil, segundo analistas. Seria lógico que as ações fizessem uma pausa no primeiro trimestre para observação do caminho a ser tomado pela próxima administração Trump, dadas as implicações econômicas potencialmente preocupantes das suas políticas.
O analista da Wedbush, Dan Ives, reiterou recentemente sua crença de que as ações de tecnologia subirão mais 20% ou mais em 2025. Ele citou os ganhos contínuos e rápidos em inteligência artificial e mais de US$ 1 trilhão em despesas de capital incrementais em IA esperadas para os próximos três anos. Além disso, as prováveis mudanças da nova administração no Departamento de Justiça poderão remover algumas questões antitruste.
As ações da Boeing cederam 1,75% após um juiz federal rejeitar o acordo judicial da empresa com o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) dos EUA em um caso relacionado a dois acidentes fatais do 737 MAX. Uma porta-voz do departamento disse que os promotores estão revisando a decisão, mas se recusou a comentar mais.
*Com informações Dow Jones Newswires.