As bolsas europeias reverteram alta inicial e fecharam, majoritariamente, em queda nesta quinta-feira, 14, após dados acima do esperado de inflação nos Estados Unidos pesarem no humor dos investidores ao darem suporte ao tom de prudência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em relação ao início da queda das taxas de juros. O indicador serviu de gatilho para avanço das taxas projetadas nos títulos do Tesouro americano, o que puxou também os retornos dos papéis da dívida soberana na Europa. O ambiente não impediu que o mercado de Paris prolongasse o bom momento e o CAC-40 marcou novos recordes intradiários e de fechamento.
O CAC 40, de Paris, atingiu recorde histórico de fechamento, ao subir 0,29%, aos 8.161,42 pontos, após tocar a máxima de 8.218,07 pontos.
Ações dos setores de mídia foram destaques entre as altas, enquanto ativos das empresas de bens de luxo também continuaram marcando ganhos. A Vivendi subiu 2,38%, enquanto a Publicis e a Teleperformance avançaram 2,14% e 1,98%, respectivamente. Os ativos da Hermes, LVMH e Kering subiram.
Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou em baixa de 0,37%, aos 7.743,15 pontos. O DAX, de Frankfurt, perdeu força após tocar máxima intradiária inédita de 18.039,05 pontos mais cedo. O principal índice da bolsa alemã cedeu 0,11%, aos 17.942,04 pontos no encerramento da sessão.
Nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) mensal subiu 0,6% em fevereiro nos EUA, superando previsão de alta de 0,3%, enquanto o núcleo do índice avançou 0,3%, igualmente acima da expectativa. Os dados anuais também superaram a previsão. Já as vendas no varejo americano tiveram aumento mensal de 0,6% em fevereiro, um pouco menor do que o esperado, enquanto o número de pedidos de auxílio-desemprego veio abaixo da expectativa.
Em Frankfurt, as ações da transportadora de contêineres Hapag-Lloyd registraram um declínio de 15%, após uma queda de 83% no lucro líquido em 2023. Além disso, a empresa anunciou uma redução de 85% nos seus dividendos, citando um ambiente de mercado desafiador.
Em Madri, o Ibex-35 perdeu 0,66%, aos 10.490,50 pontos, após ter na quarta-feira o maior ganho em quatro meses e fechar nos maiores níveis desde 2018, segundo El Confidencial. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,29%, aos 33.786,18 pontos. O PSI 20, referencial da Bolsa de Lisboa, teve variação negativa de 0,90%, encerrando o dia em 6.055,53 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires