O comércio costuma ficar agitado no final do ano, seja no Paraná ou em qualquer outro estado do Brasil. As promoções e ofertas neste período são os principais motivos, criando até mesmo uma disputa saudável para os consumidores entre a Black Friday e o Natal. Essas duas épocas de desconto oferecem excelentes oportunidades, mas ainda estão em patamares diferentes. As vendas da última sexta-feira do mês de novembro precisam de um grande faturamento para se aproximar dos números natalinos. No entanto, a diferença diminuiu em alguns canais de vendas.
Durante o ano de 2021, o faturamento das lojas físicas nessas duas épocas de ofertas foi bem diferente. O Natal conseguiu atrair cerca de R$ 204 bilhões em compras, mesmo com toda a crise que atingiu o Brasil. A Black Friday não passou de R$ 4 bilhões, ficando bem abaixo do adversário de promoções. Isso acontece por vários motivos, mas o principal deles está no aspecto cultural. As compras natalinas fazem parte do cotidiano brasileiro, enquanto a Black Friday chegou ao país há poucos anos.
Quem explica melhor isso é o educador financeiro Felipe Nogueira, em entrevista exclusiva para o blog Betway Insider. “O Natal é uma data que já está na vida dos brasileiros desde sempre e isso gera gatilhos emocionais, além disso, nessa época, a maioria dos brasileiros já receberam o décimo terceiro salário, o que gera um movimento maior na economia.” Isso mostra que a tradição ainda fala mais alto, mesmo com todo o investimento feito por algumas lojas durante as promoções da Black Friday.
Seria necessário um faturamento de R$ 350 bilhões para que o Natal fosse desbancado pela Black Friday. A expectativa é que essa diferença vá diminuindo gradualmente, mesmo que ainda seja grande. Um dos motivos é o e-commerce, ferramenta essencial para fazer essa mudança. As vendas em novembro tiveram um crescimento promissor nos canais de vendas online, mesmo em período de crise. Ou seja, é um cenário que ainda precisa ser acompanhado de perto.
Empresas ainda focam no Natal
Além de entrevistar um especialista em finanças, a equipe da Betway, site de blackjack online, também foi atrás de algumas empresas. Uma delas foi a Fritô Salgados, marca que registrou uma receita 35% maior no período natalino do que na Black Friday. Essa diferença foi explicada pela própria empresa. “Para a Black Friday nós nos preparamos para ter um fluxo maior de pedidos, mas nada muito fora da curva. Já no Natal é necessário dobrar a equipe que trabalha na loja, dobrar a quantidade de fritadeiras e arrumar formas de armazenar o máximo de produtos possíveis para não ficar sem no dia.”
Isso tudo explica a grande diferença que ainda existe no mercado, e várias empresas pensam do mesmo jeito. Se olharmos para os centros comerciais, é comum ver contratações de funcionários para o período natalino. Enquanto isso, a Black Friday continua focada nas vendas online. Com mais de R$ 20 bilhões comercializados nos últimos seis anos, é uma aposta que faz sentido. O e-commerce também conta com um grande potencial de crescimento, sobretudo aqui no Brasil.
Os desafios enfrentados desde 2020 fez com que as vendas online ganhassem mais importância. No entanto, é difícil imaginar que a maioria das pessoas vai comprar apenas pela internet, deixando de lado as lojas físicas. A busca pelo presente no período de Natal ainda é muito forte, e as empresas sabem disso. Cerca de 45% das pessoas afirmam que vão com certeza fazer compras dessa maneira no período de Natal.
Investimento em propaganda
A única maneira da Black Friday continuar crescendo, e se aproximar dos mais de R$ 300 bilhões de diferença para o Natal, é o investimento em propaganda. Por ser uma tradição importada dos Estados Unidos, é normal que exista uma demora para entrar na cultura brasileira. Além disso, a disputa é contra um feriado com muita tradição, então não é uma comparação das mais justas.
No entanto, boas ações de marketing podem fazer com que a diferença diminua. Afinal, estamos falando de períodos de desconto para comprar diferentes produtos disponíveis. O brasileiro nunca vai desperdiçar isso, seja online ou em lojas físicas. Então, que essa disputa entre Natal e Black Friday continue, pois o consumidor agradece.