O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou nesta terça-feira, 6, sua avaliação de tendência de queda na taxa de juros para o segundo semestre. A aposta de Alckmin é que, com esse rumo, o mercado de crédito melhore e a indústria automotiva recupere o fôlego mesmo quando estiver encerrado o programa de estímulo lançado ontem pelo governo Lula.
Com crédito de R$ 1,5 bilhão, o programa viabilizou descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço final de carros que custam até R$ 120 mil - além de bônus para a compra de caminhões e ônibus. "Nesse momento é importante fazer esse apoio", disse Alckmin em entrevista à CNN Brasil.
Segundo o ministro, as montadoras já estão anunciando mais de R$ 10 mil em descontos. Para veículos mais caros entrarem na faixa do programa, Alckmin disse ter tido notícia de bônus de R$ 19 mil. "Acho que vamos ter sucesso nessa medida", afirmou.
O vice-presidente ainda defendeu que, apesar da renúncia de receita adotada com o programa, o impacto fiscal na prática é menor, considerando que as vendas farão a União recolher mais tributos. "Vai receber PIS, IPI, Cofins, vai trazer de volta com a venda os tributos, então a renúncia fiscal é muito menor", disse.