Alimentos pressionam prévia da inflação oficial

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 22/12/2010

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) fechou 2010 em 5,79%, muito acima dos 4,198% registrados no ano passado. Os preços dos alimentos exerceram a maior influência nesse resultado, com avanço de 10,16%, mais de três vezes superior aos 3,08% vistos em 2009. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No ano, as maiores influências dentro do grupo alimentação vieram dos itens carnes, com alta de 30,52%, e refeição em restaurante, com 10,50%.

Neste mês, o indicador ficou em 0,69%, abaixo do observado em novembro (0,86%), mas muito acima do registrado em dezembro de 2009 (0,38%). Entre o mês passado e este, houve uma redução nos preços dos alimentos, mas, ainda assim, o grupo alimentação e bebidas foi o que mais influenciou a formação do IPCA-15.

Entre os produtos que subiram menos na apuração mensal estão: açúcar cristal, pão francês e leite pasteurizado. Outros itens até ficaram mais baratos de um mês para o outro, como: feijão carioca, feijão preto e batata-inglesa.

As carnes, no entanto, ficaram mais caras na comparação mensal - o quilo teve aumento médio de 8,32% neste mês, após avanço de 6,10% em novembro; frango e carne seca também ficaram mais caros.

Já os produtos não alimentícios acumularam alta de 4,52% neste ano, muito próximo dos 4,51% registrados em 2009. Os itens que mais se destacaram foram: salário de empregados domésticos, ônibus urbano e aluguel residencial. A gasolina teve apenas uma leve alta ao longo de 2010 e alguns itens, como artigos de TV, som e informática e automóveis novos e usados, ficaram até mais baratos.