As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul provocaram até agora queda de 15,7% nas vendas do varejo no Estado, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
O levantamento considera dados do intervalo entre a terça-feira (30 de abril) e o domingo (5 de maio) em comparação com período similar do ano passado (2 a 7 de maio). No mesmo intervalo de tempo, o varejo em todo o Brasil experimentou retração de 3,2%
Dentre os segmentos, os mais afetados pelo desastre foram o de Vestuário e Alimentação (Bares e Restaurantes), com quedas no faturamento de 49,5% e 37,8%, respectivamente. Na sequência, estão Móveis, Eletro e Depto (-37,0%), Materiais para Construção (-36,2%) e Drogarias e Farmácias (-24,9%).
Dois setores apresentaram crescimento no período: Postos de Gasolina (+33,9%) e Supermercados e Hipermercados (+14,6%). Segundo o presidente da Cielo, Estanislau Bassols, o receio do desabastecimento e a incerteza da população levaram a uma grande procura de produtos de primeira necessidade e combustíveis.
"Esperamos que a apresentação desses dados colabore para o entendimento do que acontece com o comércio e a economia gaúcha diante desse trágico evento", diz Bassols.
Em Porto Alegre a queda do desempenho do varejo foi maior (-17,4%), assim como o salto no faturamento dos segmentos de Postos de Gasolina e Supermercados e Hipermercados foi consideravelmente maior na capital em relação ao restante do Estado, com alta de 48,4% e 28,0%, respectivamente.
"Os números de Porto Alegre são ainda mais emblemáticos pois a capital foi totalmente afetada pela catástrofe. O cálculo do Estado como um todo, ainda que também seja alarmante, envolve cerca de 130 cidades que não foram afetadas diretamente pelas enchentes", afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.