Dólar sobe e Bolsa cai pressionados por baixos preços do petróleo e China

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 15/01/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar subia em relação ao real nesta sexta-feira (15), após nova queda das ações da China e um tombo nos preços do petróleo ao fim de uma semana marcada por intensa apreensão nos mercados globais.
Às 12h12 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,13%, a R$ 4,048 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, tinha alta de 1,27%, a R$ 4,050
"Mais uma vez, o movimento global é de alta do dólar. A tranquilidade de ontem durou pouco", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
O índice acionário de Xangai encerrou esta semana no menor nível desde dezembro de 2014, pressionado por dados de crédito piores que o esperado. O tombo das ações chinesas vem alimentando preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo e reduzindo a demanda por moedas ligadas a commodities.
Outro motivo para cautela é a queda dos preços do petróleo às mínimas em quase doze anos. Após algum alívio na sessão passada, a commodity voltava a desabar nesta sexta-feira (15) em meio a expectativas de maior oferta com a possível suspensão de sanções internacionais contra o Irã nos próximos dias.
Às 12h15 (de Brasília), o preço do petróleo tipo Brent caía 3,92%, a US$ 29,67., enquanto que o preço do WTI tinha queda de 4,68%, a US$ 29,74.
BOLSA
O principal índice acionário do Brasil retomava a trajetória negativa nesta sexta-feira (15), na esteira da piora no cenário externo, com Petrobras respondendo pela maior pressão de baixa conforme o petróleo voltava a despencar, negociado abaixo de US$ 30.
Na quinta (14), o índice de referência do mercado acionário brasileiro quebrou uma série de seis perdas seguidas e fechou com ganho de 1,4%.
Às 12h18 (de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 2,91%, aos 38.352 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras, mais vendidas e sem direito a voto, se desvalorizavam 8,61%, a R$ 5,20, enquanto que os papéis ordinários, com direito a voto, caiam 7,19%, a R$ 6,70.
A Vale também registrava grande desvalorização. Os papéis preferenciais da mineradora caiam 6,11%, a R$ 7,05, enquanto que as ações ordinárias tinham queda de 6,21%, a R$ 9,04.
O movimento da commodity também pressionava bolsas na Europa e futuros acionários nos Estados Unidos, com agentes financeiros também repercutindo números fracos sobre empréstimos bancários na China e atentos a divulgações norte-americanas.