Vendas no comércio têm a maior queda desde agosto de 2003

Autor: Da Redação,
terça-feira, 14/04/2015
As vendas do varejo apresentaram queda de -17,92% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2014 segundo a Pesquisa Conjuntural da Fecomércio - Foto: Agência Brasil

Depois de crescerem no primeiro mês de 2015, as vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a cair. Em fevereiro, em relação a janeiro, o indicador recuou 0,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Frente ao mesmo mês do ano passado, as vendas do comércio tiveram queda de 3,1%. Nessa base de comparação, é o pior resultado desde agosto de 2003, quando o varejo registrou baixa de 5,7%. Considerando apenas os meses de fevereiro, foi a pior baixa desde 2001, quando houve queda de 5%.

“Depois de dois meses positivos, [o indicador] volta a cair. Aí você tem o efeito calendário em algumas atividades como material de construção, veículos e combustíveis. Os preços dos combustíveis em 12 meses cresceram 10,2%", disse Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. No primeiro bimestre do ano, o indicador acumula queda de 1,2% e, em 12 meses, alta de 0,9%. “O comércio reflete o consumo das famílias.

O que influencia a gente é renda, preço e crédito, de um modo geral. A massa de rendimento real dos trabalhadores cresceu 4,1% no ano anterior [comparação de fevereiro de 2013 a 2014] e nesses últimos 12 meses caiu 1,5%, comparado com 2014. Então, você tem crédito crescendo menos, renda caindo... E fora que você tem carnaval”.  De acordo com Juliana, o crédito cresceu 5,2% de 2014 para 2015, em contrapartida, ele havia crescido 7,4% de 2013 para 2014.

Por categorias - De janeiro para fevereiro, venderam menos os ramos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); tecidos, vestuário e calçados e material de construção (-0,7%); móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%); veículos e motos, partes e peças (-3,5%); e combustíveis e lubrificantes (-5,3%).

Autoria/fonte: Anay Cury e Cristiane Caolido G1, em São Paulo e no Rio