A arrecadação da Receita Federal chegou a R$ 61,4 bilhões em maio e bateu novo recorde. No acumulado do ano, as receitas do governo chegam a R$ 318 bilhões, um crescimento real - acima da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - de 13,27% em relação ao mesmo período do ano passado. É o maior valor para os cinco primeiros meses de um ano em toda a história.
A arrecadação da Receita Federal bateu novo recorde em maio e totalizou R$ 61,4 bilhões. No acumulado do ano, as receitas do governo chegam a R$ 318 bilhões, um crescimento real -- acima da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) -- de 13,27% em relação ao mesmo período do ano passado. É o maior valor para os cinco primeiros meses de um ano em toda a história.
A produção industrial, a venda de bens e a massa salarial ajudaram a aumentar a arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), do PIS (Programa de Integração Social), da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e da contribuição previdenciária.
Entre os setores responsáveis por esse aumento, a Receita Federal indica máquinas e equipamentos, produtos de metal, material para escritório, móveis e eletrodomésticos, veículos e motos, e material de construção. São justamente setores que tiveram incentivos fiscais dados pelo governo nos últimos meses.
Seu bolso
O resultado da arrecadação do governo, seja quando ela aumenta ou diminui, tem um impacto indireto no bolso dos brasileiros.
O crescimento da arrecadação pode levar o governo a fazer mais investimentos no setor público, como a contratação de servidores ou mesmo por meio de aumento nos salários dos servidores, o que deveria resultar na melhora dos serviços oferecidos à população – o que nem sempre acontece.
O aumento na arrecadação significa também que os brasileiros pagaram mais impostos, seja porque as empresas geraram mais emprego, aumentando a contribuição, porque as pessoas consumiram mais produtos – sobre os quais a carga tributária é intensa – ou mesmo em razão da criação de novos tributos.
Já quando a arrecadação do governo cai, a tendência é que ocorra um corte de gastos. Entretanto, o setor público não tem como reduzir suas despesas imediatamente, porque não dá para cortar funcionalismo, deixar de pagar Previdência e interromper investimentos em andamento. O governo não vai parar uma obra no meio. Portanto, a tendência é ele pegar dinheiro emprestado no mercado ou lançar medidas para aumentar a arrecadação.
Entretanto, se a queda na arrecadação persiste por um longo período, o governo pode reduzir seus planos de investimentos futuros, o que pode ter efeitos nos diversos setores, como infraestrutura, educação e saúde.