Cartões pré-pagos devem superar cheques

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 29/04/2010

O sistema de pagamento pré-pago deve movimentar R$ 89 bilhões até o final deste ano. Os dados são do Grupo Setorial de Pré-Pagos (GSPP) e incluem ferramentas como vale-refeição e transporte, além de telefonia pré-paga.
 

A entidade aponta que o serviço será o próximo sucessor do cheque, que já perdeu mercado para os cartões de crédito e de débito.
 

A superação deve acontecer em 2012, quando a movimentação financeira dos pré-pagos chegará a R$ 123 bilhões. Nessa época, os cheques usados para pagamento do consumo privado dos brasileiros serão responsáveis por um montante de R$ 105 bilhões.
 

“O Brasil é um dos países mais avançados no uso dos pré-pagos. Eles apresentam inúmeras vantagens em relação aos cheques e até sobre o dinheiro. É natural que aconteça uma substituição da usabilidade, à medida que os modelos de negócios sejam mais conhecidos”, declarou o presidente do GSPP, Boanerges Ramos Freire.

Crescendo em vários segmentos

Freire estima que, no País, o segmento crescerá 17% ao ano nos próximos cinco anos, chegando a R$ 196 bilhões em transações no final de 2015. “A partir desse ponto, o ritmo de crescimento diminuirá um pouco, mas continuará crescendo fortemente”, aponta o estudo. A expectativa é que, até 2020, o setor realize pagamentos na ordem de R$ 369 bilhões, o que representará um crescimento médio anual de 13% em relação a 2015.
 

Atualmente, um dos principais destaques do setor de pré-pagos no Brasil são os benefícios regulados pelo governo (vales-refeição, alimentação e transporte). Outros modelos estão em fase de regulamentação, como os cartões de incentivo e o vale-cultura. Há ainda segmentos não regulados, como os voltados ao abastecimento e à gestão de frota.
 

“Estes produtos e outros cartões pré-pagos, como cartão-viagem, cartão-presente e cartões para jovens e estudantes (mesada eletrônica), são considerados os modelos tradicionais de pré-pagos e chegarão ao final de 2010 com participação de 63% de todo o mercado”, afirma Boanerges. “Em 2015, essa participação aumentará para 77% e, em 2020, para 86%”.