A passagem de um ciclone extratropical pela região Sul do país refletiu severamente em São Paulo e na Região Metropolitana nesta quarta-feira (10). Fortes rajadas de vento, que chegaram a 96,3 km/h segundo a Defesa Civil, causaram transtornos generalizados, deixando 1,2 milhão de imóveis sem energia elétrica no início da tarde, além de afetar a operação de aeroportos e do transporte sobre trilhos.
LEIA MAIS: Caminhão tomba e pega fogo na PR-444 em Arapongas; veja o vídeo
Falta de energia e hospitais
De acordo com a Enel Distribuição São Paulo, a ventania derrubou a energia de mais de 2 milhões de clientes desde a madrugada. Até às 16h45, cerca de 1,2 milhão de unidades (17% do total atendido) ainda aguardavam o restabelecimento do serviço. A concessionária informou que mobilizou 1.300 equipes para atuar nos reparos.
O Hospital São Paulo, ligado à Unifesp na zona sul, teve sua operação impactada pela queda de luz, mas o fornecimento foi normalizado por volta das 15h.
Caos no transporte
A mobilidade urbana e aérea foi duramente atingida. Nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, as administrações contabilizaram 42 voos cancelados desde a noite de terça-feira (9). Em Congonhas, ao menos 10 voos precisaram ser alternados para outros terminais devido às condições climáticas adversas.
O transporte público também sofreu interrupções. A operação nas Linhas 10-Turquesa e 11-Coral da CPTM foi prejudicada, exigindo atenção dos passageiros.
Queda de árvores e parques fechados
A força dos ventos derrubou dezenas de árvores. A Defesa Civil do Estado registrou 57 chamados para quedas na Grande São Paulo. Um dos incidentes bloqueou a Avenida Pompeia, na zona oeste, complicando o trânsito no sentido Marginal Tietê.
Por medida de segurança, a Prefeitura e o Estado determinaram o fechamento de parques e equipamentos culturais. A entrada na Bienal foi suspensa e as atrações do "Natal Iluminado" foram canceladas.