Vaticano diz que mudança de gênero e aborto 'ameaçam dignidade humana'

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 08/04/2024
O documento também cita a pobreza, violência contra as mulheres e outros

O Vaticano classificou, por meio de um documento divulgado nesta segunda-feira (8), a realização de cirurgias de mudança de sexo, o aborto, a eutanásia e a barriga de aluguel como "ameaças graves à dignidade humana". O novo posicionamento ocorre em reação a outro documento lançado há cerca de quatro meses, onde o papa autorizou os padres a darem bênçãos a casais homoafetivos

O documento publicado pelo Vaticano nesta segunda-feira é chamado de "Dignitas infinita". Ele foi aprovado pelo papa Francisco e elaborado pela ala mais conservadora da Igreja Católica, liderada por bispos da África.

O cardeal Victor Manuel Fernández, que é o chefe do Gabinete de Doutrinamento do Vaticano, informou que o papa Francisco aprovou o documento após solicitar aos bispos que mencionassem nele também “a pobreza, a situação dos migrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico de seres humanos, a guerra e outros temas” também fossem classificados como ameaças graves à dignidade humana.

Veja abaixo alguns pontos do novo documento:

Barriga de aluguel - a declaração afirma que a barriga de aluguel viola a dignidade tanto da mulher responsável pela gestação como a da criança, e lembra que o pontífice chamou esse método de “desprezível”.

Mudança de gênero - os bispos afirmam no documento que “qualquer intervenção de mudança de sexo, em regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”.

Aborto, eutanásia e pena de morte - a declaração também reforça a condenação permanente do Vaticano ao aborto, à eutanásia e à pena de morte, citando o papa Francisco, seus antecessores Bento XVI e João Paulo II e documentos anteriores do Vaticano.

Abuso sexual - a nova carta também classifica o abuso sexual como uma ameaça à dignidade humana e diz que o crime é “generalizado na sociedade”, incluindo dentro da Igreja Católica. Também faz a mesma classificação para a violência contra as mulheres, o cyberbullying e outras formas de abuso on-line.

Com informações do G1.