O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sinalizou que deve aumentar a tarifa de ônibus na capital paulista. Segundo ele, a decisão sobre o reajuste sairá até o fim deste mês. O valor está congelado em R$ 4,40 desde janeiro de 2020.
"A gente ainda não tem definido se vai conseguir manter a tarifa ou se vai fazer a correção. Esses dados chegam sempre muito no fim do mês de dezembro, que é onde compilam todos os dados de inflação, de custo de diesel e de mão de obra", disse o prefeito, reeleito para um novo mandato até 2028.
"A gente tem é que está há quatro anos sem correção. Deu 32% de inflação. Não estou falando nem aumento, porque uma coisa é o aumento e outra é a correção inflacionária: 32% de inflação", disse. "O que garanto é o seguinte: jamais eu vou dar 32% para recuperar a inflação, mas também não posso fazer com que recursos da saúde ou recursos da educação vão para o transporte, precisa ter todas as áreas funcionando de forma harmônica", acrescentou.
O preço da passagem não é totalmente coberto pelo valor da tarifa - a Prefeitura complementa esse valor com um subsídio repassado pelo município para as empresas de ônibus. Um dos desafios, porém, tem sido a queda do número de passageiros que usam os ônibus na capital. Por dia, o total diminuiu de 9 milhões em 2019, último ano antes da pandemia, para os atuais 7 milhões. A mesma tendência de queda tem sido vistam em outras redes de ônibus, trens e metrô pelo País.
O prefeito disse ainda a sua gestão vai tomar uma decisão muito técnica e responsável. "Meu esforço vai ser no esforço de tentar manter a tarifa, mas se por acaso não conseguir, fazer o mínimo possível, ou seja, não chegará sequer a correção da inflação", continuou.
No seu primeiro mandato, Nunes quis transformar a mobilidade como uma de suas principais marcas. Ele chegou a propor estudos e citar a possibilidade de tornar a passagem de ônibus gratuita na cidade. Por fim, ele adotou a isenção de cobrança aos domingos, medida que será mantida.