A cerca de um ano e meio da próxima Copa do Mundo, muitas dúvidas e preocupações ainda rondam a Seleção Brasileira. Os torcedores, inclusive, têm utilizado o código BC Game para tentar prever o futuro da equipe canarinho.
E a verdade é que os últimos resultados não foram nada animadores. Preso no meio da tabela nas Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil vem de dois empates decepcionantes, ambos por 1 a 1, contra a Venezuela, fora de casa, e o Uruguai, na Fonte Nova.
Dessa forma, a Seleção ocupa a quinta colocação na tabela, com 18 pontos conquistados. A líder da disputa é a Argentina, com 25, e à frente do Brasil ainda aparecem Uruguai (20 pontos), Equador (19) e Colômbia (19).
A "missão" de ficar fora da Copa do Mundo, no entanto, é quase impossível. Dos 10 times que participam das Eliminatórias Sul-Americanas, apenas os três últimos ficam sem vaga.
Do primeiro ao sexto, a ida para a Copa do Mundo está garantida e o sétimo ainda disputa a repescagem. Mas com as péssimas apresentações recentes, o futuro do Brasil segue incerto, e o próprio Dorival Júnior está balançando no cargo.
Ele, afinal, conseguirá manter seu posto até 2026? Muitos acreditam que a Seleção Brasileira é um desafio acima das capacidades do ex-treinador do São Paulo. De todo modo, Dorival ainda terá algum tempo para mostrar uma evolução no trabalho e assegurar sua permanência no comando da equipe.
Destaques e decepção
Poucos jogadores vêm se destacando com a camisa da Seleção, mas dois deles são Gerson e Raphinha, que também vivem grande fase em seus clubes.
É claro que Raphinha, por exemplo, ainda é muito contestado por parte da torcida. Mas isso porque pesa sobre ele a comparação com craques do passado, e um embate com Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho, entre outros, é difícil para qualquer um.
Mas, dentro da realidade atual brasileira, ele vem entregando um bom futebol. A decepção, por enquanto, fica com Vini Jr., que não tem conseguido ser na Seleção Brasileira o mesmo jogador do Real Madrid.
A realidade de um clube é muito diferente da de uma seleção. No Real Madrid, Vini Jr. treina diariamente com seus colegas e tem como comandante um dos maiores treinadores do mundo.
Já na seleção falta o trabalho do dia a dia e também um padrão de jogo. Os jogadores, portanto, precisam muito do improviso, do toque de gênio - e, com exceção de Neymar, nenhum jogador brasileiro tem isso para entregar.
Futuro complicado
O cenário do Brasil aponta para um futuro complicado. Restando pouco mais de um ano e meio para a Copa do Mundo de 2026, a verdade é que ninguém consegue sequer garantir que Dorival Júnior será o treinador na competição.
Com os maus resultados deste ano, incluindo a desastrosa campanha na Copa América, não há nenhum motivo para acreditar em uma mudança de prumo.
Há muitos anos, a Seleção Brasileira atravessa uma profunda crise futebolística, que envolve falta de planejamento e queda de qualidade técnica. Nada tem sido feito para reverter esse quadro.
Bagunça e esperança
Prova disso é a escolha de Dorival Júnior como novo treinador. Antes de ele ser oficializado, a CBF anunciara que havia chegado a um acordo com Carlo Ancelotti. Pior: enquanto aguardava a vinda do italiano, nomeou Fernando Diniz como interino, alguém que nada tem a ver com o estilo do europeu.
E para completar, quando, finalmente, ficou claro que Ancelotti não viria, a CBF dispensou Diniz e acertou com Dorival Júnior, um treinador que também tem um estilo totalmente diverso.
A falta de clareza em relação à Seleção Brasileira é óbvia. Sem os craques do passado e em um ambiente em que reina a bagunça, é difícil imaginar um cenário para 2026 que não seja outra eliminação precoce.
Mas o torcedor brasileiro sempre tem esperança de que, com o peso da camisa, a Seleção consiga se impor. Em 2026, portanto, a "amarelinha" será, novamente, o grande trunfo do Brasil.