PMMA X Ácido Hialurônico: qual preenchimento usar?

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 27/04/2023
Esses preenchimentos garantem mais jovialidade

Os preenchimentos por ácido hialurônico ou PMMA estão em alta no Brasil. De acordo com dados coletados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) em 2021, o país é o segundo que mais realiza procedimentos do tipo não-cirúrgicos em todo o mundo, mantendo 22,1% do volume total das intervenções e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esses preenchimentos garantem mais jovialidade à pele e são menos invasivos do que cirurgias, mas a escolha por um método ou outro pode deixar algumas pessoas em dúvida. 

Embora tanto o Ácido Hialurônico quanto o PMMA sejam polímeros e promovam o preenchimento, há diferenças entre eles. De acordo com o médico Ícaro Pereira, enquanto o primeiro é naturalmente encontrado no organismo humano, o segundo é sintético. 

"​​O ácido hialurônico é uma substância produzida pelo nosso corpo, presente nas articulações e na pele. Ele consegue reter água, hidratando a pele e muitas vezes volumizando, quando utilizado para essa finalidade, e é completamente absorvido pelo organismo", explica. O processo de absorção dura de cinco a dezoito meses. 

Já o PMMA (ou Polimetilmetacrilato), segundo Pereira, é particulado e não pode ser absorvido pelo corpo humano. Além disso, o preenchimento feito por ele também funciona de maneira diferente do ácido hialurônico, que preenche pela hidratação. De acordo com o Dr. Ícaro Pereira, a volumização do PMMA é feita estimulando "a produção de colágeno ao redor de cada partícula". 

Outra diferença entre os preenchedores é a forma como cada um deles é aplicado. "A aplicação do produto [PMMA] a 30% deve ser intramuscular, diferentemente do Ácido hialurônico, que deve ser aplicado em uma camada mais superficial, acima do músculo", diz Ícaro Pereira. 

O médico especialista também garante que ambos os preenchedores "conseguem volumizar estruturas corporais, mas cada um tem a sua particularidade". Nesse sentido, a escolha pelo PMMA ou Ácido Hialurônico vai depender da região do corpo que se pretende preencher e também da indicação feita pelo médico. 

"Essa decisão geralmente é tomada em conjunto, entre médico e paciente. [Ela é feita] avaliando a região a ser aplicada, o custo-benefício, as expectativas, medos e receios do paciente", explica Pereira. 

Apesar de ser necessária essa análise de caso a caso, o especialista pontuou que o PMMA costuma ser utilizado a nível corporal, em regiões como glúteo, panturrilhas, peitoral e bíceps. Já o ácido hialurônico tende a ser aplicado em áreas mais delicadas do corpo, como lábios e face. 

Os dois métodos são seguros, com diversos estudos publicados, e têm aprovação da Anvisa, órgão regulador. No entanto, Pereira frisa a importância de escolher um profissional bem qualificado para fazer o procedimento - já que, como qualquer outra intervenção, os preenchimentos também têm riscos. 

"Quando falamos de medicina estética, sempre devemos avaliar em primeiro lugar a segurança, o equilíbrio, a simetria e a proporcionalidade. Todo procedimento, do mais simples ao mais complexo, tem o seu risco, portanto é fundamental que o paciente pesquise e escolha um médico com uma boa formação, treinado e habilitado", disse o especialista.