A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as causas do incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília neste domingo, 15. As investigações já estão em andamento, o objetivo era realizar todas as diligências no próprio domingo, mas a PF não divulgou mais informações do andamento. As informações foram confirmadas pelo diretor de Amazônia e Meio Ambiente da PF, Humberto Freire, em entrevista à GloboNews.
O parque está sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo o instituto, o fogo começou no limite do parque com a Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República. O presidente do instituto, Mauro Pires, disse que o fogo foi um ato intencional e afirmou que as áreas de preservação têm sido alvo de criminosos.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Brasília, as chamas estão em área de difícil acesso e vegetação densa. Estima-se que 1,2 hectare foi atingido pelo fogo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva sobrevoaram o incêndio na tarde de domingo. Em suas redes sociais, Lula afirmou que "o governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas".
O presidente destacou que a pasta da Saúde divulgou orientações para a população lidar com a fumaça e anunciou que se reúne nesta segunda-feira, 16, com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir ações "para lidarmos com essa emergência climática".
Ao todo, são 77 agentes combatendo o incêndio, eles são membros dos bombeiros, do ICMBio e do Instituto Brasília Ambiental. O Parque Nacional de Brasília foi criado em 1961 para proteger o Cerrado e o abastecimento de água da capital.
As fontes protegidas pelo parque são responsáveis por 25% da água potável que abastece o Distrito Federal. Número que deu ao local o apelido de Parque da Água Mineral.