Neste sábado (27), o Papa Francisco anunciou a nomeação de 20 novos cardeais, incluindo dois brasileiros. Um deles é Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e o outro é Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, considerado jovem para os padrões do Vaticano, com 55 anos de idade.
A medida é mais uma etapa da reforma da cúpula da Igreja, promovida pelo Papa, com o intuito de torná-la mais diversa e representativa. E isso acontece, até mesmo, do ponto de vista geográfico. Pela primeira vez, países como Paraguai, Timor Leste, Mongólia e Cingapura terão cardeiais representantes.
Dos 20 novos anunciados neste sábado, 16 têm idade inferior a 80 anos. Isso os torna aptos para votar em caso de conclave pela renúncia ou morte do Pontífice. Aos 85, Papa Francisco já organiza o cenário para sua sucessão. Em 2021, ele passou por uma cirurgia no cólon e possui, ainda, uma dor crônica em um dos joelhos que o impede de caminhar.
A partir de agora, o colégio de cardeais será composto por 229 integrantes. Desse total, 133 têm direito a voto no conclave. A nova lista traz, inclusive, nomes de possíveis sucessores. Papa Francisco priorizou a indicação de religiosos sensíveis aos problemas sociais e procedentes de regiões sensíveis, visando o dinamismo e maior presença da igreja.
Além dos dois brasileiros, estão na lista, ainda, um paraguaio, um colombiano, dois africanos e cinco asiáticos, uma clara estratégia em tornar a igreja menos européia. A maioria da cadeiras do Colégio Cardinalício (40%) é composta por cardeiais de países europeus.
Com informações do Metrópoles.