Uma jovem de 29 anos perdeu um braço e as duas pernas após dar à luz a gêmeos em abril de 2023. Khedidja Teape sofreu uma infecção generalizada logo após o parto.
A mulher foi para casa e começou a apresentar mal-estar. Os sintomas persistiram por cinco dias, o que a fez ser levada às pressas para o hospital.
“Nossos bebês eram perfeitos e voltamos para casa no dia seguinte para apresentá-los aos irmãos mais velhos e à família, mas mal sabia que isso era uma alegria momentânea se transformaria rapidamente em uma jornada que mudaria completamente a minha vida”, contou em relato publicado no site GoFound Me (plataforma de vaquinhas on-line).
Khedidja relatou ainda que, os dias anteriores ao diagnóstico de infecção generalizada, começou a sentir dores no estômago, que se intensificaram. Cinco dias depois do parto, passou a vomitar e percebeu que o líquido tinha uma cor intensa e espumosa.
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“Minha sensação era de que estava morrendo. Liguei para a ambulância em desespero total, comecei a tremer e ter uma fraqueza enorme. No hospital, descobriram que estava com septicemia”, lembra.
A septicemia, também conhecida como sepse, é uma infecção generalizada no sangue causada por bactérias, fungos ou vírus. No caso de Khedidja, a responsável pela infecção foram bactérias estreptococos do grupo A.
Ela ficou desacordada por dias, enquanto os médicos faziam cirurgias buscando conter a infecção. A paciente precisou ser mantida em coma induzido e vários antibióticos foram administrados para controlar o quadro, mas a infecção atacou profundamente as extremidades do corpo.
No dia 22 de agosto de 2023, as pernas e a mão esquerda de Khedidja foram amputadas. Duas semanas depois, ela teve de subir a amputação das pernas até abaixo do joelho e abaixo do cotovelo na mão esquerda. Os dedos da mão direita foram removidos.
Segundo ela, porém, o sentimento maior é de gratidão por ter sobrevivido. “Tenho quatro filhos para criar e quase perdi a oportunidade de viver ao lado deles. Sou uma mulher preta independente, sempre fui e este processo me deixou mais resiliente, mas também me fez perceber que preciso de apoio”, afirmou.
Com informações do Metrópoles.