Um médico foi demitido de um hospital de Canelinha, em Santa Catarina, por supostamente ter feito uma oração durante um atendimento a uma menina que se queixava de dores abdominais. O caso foi registrado na noite do último domingo (23). A Polícia Militar (PM) atendeu a ocorrência.
De acordo com as informações da PM, a mãe da criança a levou na unidade de saúde, pois se queixava de dores no abdômen. Ao chegar no local, o médico pediu para que a garota ficasse só de calcinha durante a consulta pediátrica.
Na sequência, ele teria feito uma oração para "curar os pecados da mãe". Além disso, ainda em meio a avaliação, o profissional de saúde teria mostrado conversas pessoais no celular para a mãe da paciente.
A mulher achou a atitude do médico estranha, já que ele nunca havia feito isso anteriormente, então, decidiu conversar com a direção da instituição de saúde. Ela também chamou a PM.
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À polícia, o homem disse que a oração foi feita para facilitar o atendimento, e que pediu para que a criança ficasse sem roupa a fim de examinar as dores abdominais.
As autoridades entenderam que não houve importunação sexual ou estupro de vulnerável, visto que não foram registrados toques do médico nas partes íntimas da criança.
A prefeitura de Canelinha emitiu uma nota sobre o caso. Segundo a administração municipal, o hospital é terceirizado. Confira a nota:
A Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha junto com a empresa MP Qualimed, sempre no dever e respeito que têm por toda a nossa comunidade, vêm por meio desta prestar esclarecimentos para a população canelinhense.
Em virtude das atitudes médicas ocorridas no dia 23 de abril de 2023, bem como a proporção midiática tomada, a Diretora Vanderléia Rosa, bem como o proprietário da empresa Julio Cesar de Oliveira, informam que estão averiguando toda a situação ocorrida a fim de apurar os fatos, de modo que já procederam com a dispensa do médico responsável.
Diante disso, a Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha e a empresa MP Qualimed promoverão a investigação de toda e qualquer denúncia que se apresente pela comunidade e pacientes, visto que são contrárias a toda e qualquer conduta que fuja da ética que a profissão exija.
Ademais, providências serão tomadas nos próximos dias, a fim de retomar o padrão de qualidade no atendimento e prestação de serviços desempenhados na Fundação, uma vez que trata-se de servico essencial.
Por fim, a Fundação e a Empresa se solidarizam com a paciente e os familiares, de maneira a estarmos dispostos para auxiliar e prestar maiores esclarecimentos acerca da situação ocorrida.
As informações são do G1.