O Tribunal de Justiça de Santa Catarina rejeitou a apelação da defesa da influenciadora Mariana Ferrer e manteve a absolvição do empresário André de Camargo Aranha, acusado por ela de estupro, em audiência realizada nesta quinta-feira, 7, em Florianópolis.
A defesa de Mariana informou que vai recorrer da decisão. "O Tribunal manteve a absolvição com base na dúvida da vulnerabilidade, mas entendeu que o fato ocorreu", disse ao Estadão o advogado de defesa dela, Júlio César Ferreira da Fonseca. Ele falou rapidamente com a reportagem porque estava embarcando de volta para Minas Gerais - Fonseca vive na mesma cidade que a vítima, em Uberaba.
Os desembargadores Ana Lia Carneiro, Ariovaldo da Silva e Paulo Sartorato foram unânimes ao decidirem pela absolvição. O empresário já havia sido inocentado em primeira instância em setembro de 2020, em decisão do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis (SC).
Na época, chamou atenção os ataques e a forma desrespeitosa com que o advogado de defesa do réu, Claudio Gastão da Rosa Filho, atuou nas audiências de instrução, fato que levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir, na semana passada, um procedimento para investigar a conduta do juiz do caso, Rudson Marcos.
Mariana, que vive reclusa e não dá entrevistas, desenvolveu síndrome do pânico e depressão após o caso. Na última quarta-feira, véspera do julgamento do recurso, ela publicou imagens de laudos médicos em seu perfil no Instagram com diagnósticos de estresse pós traumático, tensão, ansiedade, fobia social e síndrome do pânico.