Uma Lamborghini Aventador Roadster 2013/2014 acumula um dos maiores valores de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de São Paulo. O automóvel que pertence à empresa Água Branca Participações, localizada na capital paulista e que tem o senador e candidato ao governo de Alagoas Fernando Collor de Mello (PTB-AL) no seu quadro de sócios, totaliza R$ 1.193.217,78 em débitos referentes aos anos de 2016, 2017, 2018, 2020 e 2021.
O carro esportivo já foi manchete há alguns anos por ter sido apreendido pela Polícia Federal (PF) na Casa da Dinda, residência de Collor em Brasília (DF), juntamente com uma Ferrari 458 Italia 2011 e um Porsche Panamera 2012. Na época, os veículos foram apreendidos pela PF como parte da Operação Lava Jato, por suspeita de que tivessem sido comprados com o dinheiro de práticas criminosas.
Cerca de três meses depois, o Aventador e os demais automóveis foram devolvidos por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) e o senador comemorou no Facebook.
"Eles voltaram ao seu dono", publicou o político na rede social em 29 de outubro daquele ano.
Veja:
Em novembro de 2016, novamente o Lamborghini do ex-presidente da República virou notícia. Na época, o Bradesco solicitou à Justiça a apreensão do carro, por conta de atraso no pagamento de parcelas do financiamento - a empresa do ex-presidente financiou cerca de 50% do valor do conversível. Fernando Collor entrou em acordo com o banco e conseguiu manter o Aventador pouco depois.
Uma consulta ao site do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) mostra que o automóvel ainda tem restrição financeira, atribuída ao Bradesco.
Carrão não pode ser licenciado
Atualmente o paradeiro do Aventador é desconhecido. Por estar com o IPVA atrasado desde 2016, o veículo não pode ser licenciado e, portanto, está impedido legalmente de rodar em vias públicas. O conversível acumula R$ 688,80 de licenciamento atrasado, além de R$ 144,86 relativos ao exercício de 2022, cujo prazo de pagamento ainda não expirou.
Devido ao IPVA atrasado, a empresa vinculada a Collor foi inscrita na dívida ativa, com inclusão no Cadin Estadual (Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais).
As informações são do UOL.