Justiça condena homem que mutilou patas de cavalo vivo em SP

Autor: Da Redação,
Tuesday, 09/12/2025
O cavalo foi mutilado vivo

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz a 11 meses e 18 dias de prisão, além do pagamento de 34 dias-multa, pelo crime de maus-tratos a animais. O réu é responsável por mutilar as patas de um cavalo em agosto deste ano, no município de Bananal (SP).

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A decisão, proferida no último sábado (6) pela juíza Luciene Belan Ferreira Allemand, define o cumprimento da pena em regime inicial semiaberto. Andrey poderá recorrer da sentença em liberdade.

Na fundamentação, a magistrada destacou a gravidade do ato. Segundo o texto da condenação, o crime foi cometido por "motivo torpe" e mediante "método cruel para abate". A juíza ressaltou o "intenso sofrimento infligido pelo acusado ao animal", que foi atacado com um facão enquanto estava em estado de extrema exaustão e agonia.

Laudo comprovou que animal estava vivo

O ponto central para a condenação foi a comprovação pericial de que o cavalo ainda estava vivo no momento da mutilação.

Embora o tutor tenha alegado inicialmente à polícia que acreditava que o animal já estava morto, laudos divulgados pela Polícia Civil no final de agosto refutaram essa versão. Segundo o delegado Rubens Luiz Fonseca Melo e a veterinária Luana Gesualdi, o corpo do animal apresentava hematomas — lesões que só ocorrem quando há circulação sanguínea ativa no momento do golpe.

A ausência de grande quantidade de sangue no local foi explicada pela veterinária devido ao quadro de choque e exaustão extrema do equino, que resultou em pressão arterial muito baixa.

Relembre o crime

O caso ocorreu em 16 de agosto, durante uma cavalgada de aproximadamente 14 quilômetros. Testemunhas relataram que o cavalo, cansado, deitou-se no chão e não conseguiu mais levantar. Nesse momento, Andrey sacou um facão e cortou as patas do animal.

O episódio gerou forte comoção nas redes sociais e mobilizou entidades de defesa animal. A ativista Luísa Mell e a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) repudiaram publicamente o ato, cobrando rigor na aplicação da lei.

Em entrevista concedida à Rede Vanguarda durante as investigações, Andrey confessou o crime. Ele afirmou estar "embriagado e transtornado" na ocasião, reconheceu o erro e classificou a própria atitude como "um ato cruel".