Uma moradora de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, busca informações sobre seu irmão André Luis Hack Bahi. De acordo com Letícia Hack Bahi, o familiar estaria na Ucrânia, ajudando o país contra as tropas russas.
No último domingo (5), um amigo de André, que também estaria na Europa, publicou uma homenagem alegando que o companheiro havia morrido.
O Ministério das Relações Exteriores se pronunciou, por meio de uma nota, e disse que "não possui, no presente momento, confirmação sobre eventual falecimento de cidadão brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país". O Itamaraty diz ainda que a Embaixada do Brasil em Kiev "segue buscando mais informações sobre o caso e permanecerá à disposição para prestar a assistência cabível".
Até o momento, o Consulado do Brasil em Kiev e a Embaixada da Ucrânia no Brasil também não confirmaram a morte aos familiares.
Letícia afirmou que tenta contato com diplomatas na cidade de Lviv para obter notícias do irmão. "Muito triste, a gente não tem a certeza ainda. Vamos ter que ter paciência, a cidade ficou destruída. Temos que estar preparados", diz.
Homenagem nas redes sociais
A publicação feita pelo amigo de Bahi nas redes sociais gerou diversos comentário. No post, André Kirvaitis, outro combatente, escreveu: "Obrigado por tudo irmão".
A família não havia visto a homenagem de Kirvaitis ao companheiro, então, começaram a receber mensagens de condolências. Letícia diz que como o nome de seu irmão não está em nenhuma lista de mortos, há esperanças dele estar vivo.
Conforme seu perfil em uma rede social, Hack fazia parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. De acordo com a irmã, ele morava no Ceará e se separou de sua esposa antes de ir para a Europa.
"Queria salvar vidas, era um grande sonho dele. Foi para a França, Portugal e pegou uma carta [autorização para ir ao país]. Ficou compadecido com o presidente da Ucrânia e se apresentou. A Ucrânia tem que se responsabilizar", comenta Letícia.
Segundo a família, Hack é pai de sete filhos, serviu no Exército Brasileiro e trabalhou como socorrista em Porto Alegre. Ele teria participado de uma missão militar na Costa do Marfim, onde ficou ferido e foi tratado por forças francesas.
Nota do Itamaraty
"O Ministério das Relações Exteriores não possui, no presente momento, confirmação sobre eventual falecimento de cidadão brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país. A Embaixada do Brasil em Kiev segue buscando mais informações sobre o caso e permanecerá à disposição para prestar a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."
Com informações do g1.