Uma jaguatirica foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) nesta semana, após invadir uma residência em Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina. A operação de resgate, no entanto, revelou um cenário atípico: o animal silvestre apresentava comportamento excessivamente dócil, agindo como um animal de estimação.
Segundo os agentes que atenderam a ocorrência, o felino não demonstrou as reações de defesa esperadas da espécie. Pelo contrário, o animal sentiu-se à vontade na presença dos policiais e chegou a brincar com uma corda, assemelhando-se a um gato doméstico.
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Impossibilidade de soltura imediata
Devido aos evidentes sinais de manejo humano e domesticação, a PMA informou que a jaguatirica não pôde ser devolvida imediatamente ao seu habitat natural. O animal foi encaminhado para uma unidade de cuidados especiais, onde passará por um processo de reabilitação para recuperar seus instintos selvagens.
A polícia ambiental alerta que o contato prolongado com humanos retira habilidades essenciais de sobrevivência da fauna silvestre. Animais domesticados ilegalmente perdem a capacidade de reconhecer predadores, identificar alimentos na natureza ou buscar abrigos seguros.
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Riscos da domesticação ilegal
A PMA reforça que a aparente mansidão de animais silvestres quando filhotes é enganosa e perigosa. O órgão destaca que, ao atingirem a maturidade, características naturais como força, territorialidade e instinto de caça afloram, tornando o comportamento do animal imprevisível e colocando em risco seus "tutores".
Além do perigo físico, a domesticação ilegal descaracteriza a espécie e dificulta a reinserção segura na fauna, alimentando um ciclo prejudicial ao equilíbrio ambiental.
