Ganhar peso entre os 40 e 50 anos pode aumentar a possibilidade de morte prematura, isso é o que aponta um estudo apresentado por pesquisadores do Hospital do Condado de Västmanland, na Suécia. Eles participaram do Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Amsterdã, Holanda, nessa sexta-feira (25) e apresentaram dados que comprovam esta tese.
Os estudiosos mostraram que o aumento de peso nessa faixa etária costuma estar associado ao acúmulo de gordura na barriga, hipertensão e colesterol alto, um quadro conhecido como síndrome metabólica.
“Muitas pessoas na faixa dos 40 e 50 anos têm um pouco de gordura na região central e pressão arterial, colesterol ou glicose marginalmente elevados, mas geralmente se sentem bem, não têm consciência dos riscos e não procuram aconselhamento médico”, afirma a pesquisadora Lena Lönnberg, autora do trabalho.
A pesquisa indica que o problema pode aumentar em 30% o risco de morte precoce.
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Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram os dados de cerca de 34 mil pessoas com idades entre 40 e 50 anos, que participaram de um programa relacionado a exames cardiológicos entre 1990 e 1999, na Suécia.
Os formulários continham as medidas de altura, peso, pressão arterial, colesterol total, glicemia e circunferência da cintura e quadril, além de perguntas sobre hábitos de vida e histórico médico.
Quando comparados com um grupo de controle, de 10.168 pessoas saudáveis, os voluntários com síndrome metabólica apresentaram um risco maior de sofrer um evento cardíaco precoce dentro de três décadas.
Os pacientes com síndrome metabólica tinham 35% mais chances de sofrer um ataque cardíaco e derrames quando comparados aos indivíduos do grupo controle. De acordo com os pesquisadores, o tempo médio para o paciente sofrer o primeiro ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC) foi de 16,8 anos entre as pessoas com síndrome metabólica, e 19,1 anos entre os que eram do grupo saudável.
Com informações do Metrópoles.