Galos da raça Índio Gigante se tornaram atração na propriedade de Leonardo Pontini. Inclusive, o produtor revelou em uma entrevista ao G1 que os animais, que contam com pernas longas e pescoço sem penas, podem ser negociados por até R$ 6 mil, e a dúzia de ovos deles a R$ 1 mil.
Leonardo tem uma propriedade rural no município de Vargem Alta, no Espírito Santo, e há 17 anos cria aves dessa espécie. "Eu já comprei sabendo que eram gigantes, logo quando começaram a vir essas aves para o estado. A origem delas é de Minas Gerais e São Paulo. A gente adquiriu ovos das aves pela internet e eu também comprei aves de outros criadores", explicou Leo.
Os galos crescem e ultrapassam facilmente um metro de altura. A maior ave que o produtor teve no terreiro tinha 1,20 m. "Meu maior galo hoje tem 1,18 m, mas já tive de 1,20m. O Blackout, que tem 1,18 m, um galo preto. Já cheguei a ter 200 aves, mas hoje o custo da criação é muito caro, a ração é cara, e eu também estou trabalhando fora. A gente não tem muito tempo pra cuidar como se deve. Hoje, eu tenho de 25 a 30 aves", disse o produtor.
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Ainda conforme Pontini, essas aves crescem rapidamente. "A produção dos ovos começa em agosto e elas põem, em média, 80, 100 ovos por ano. Ovos de tamanho normal, parecido com a galinha comum, mas o desenvolvimento das aves é acelerado, elas são precoces. Enquanto um frango caipira leva 1 ano pra chegar ao ponto de abate, se for o caso, a espécie Índio Gigante com cinco meses já dava para abater, já pesaria três quilo e meio, quatro quilos, mas a gente não abate", contou o criador.
O G1 conversou com o biólogo Helimar Rabelo, que revelou o motivo desses galos crescerem tanto. "O galo gigante é resultado de uma seleção genética. Vai cruzando os descendentes deles com outros. É uma seleção forçada pelo homem", disse o especialista, apontando a intervenção humana como causa da mudança na estrutura física do animal.
Mesmo sendo criados a partir da intervenção humana, eles não foram feitos para brigas. "Eles têm o coração pequeno, quase do tamanho de uma galinha normal. Esse é um dos fatores que ajuda a gente a ir contra um certo achismo popular de que o Índio Gigante foi selecionado pra briga. Para as pessoas, ele fica um galo mais potente. Mas não! Ele nem pode brigar, porque se ele se estressar muito, é comum essas aves morrerem por estresse. Então, como o coração é pequeno, apenas o tamanho do corpo é grande, eles podem infartar brigando", explicou o biólogo.
As informações são do G1.